Morre ex-governador Hélio Garcia


Por Nathalia Carvalho

06/06/2016 às 11h26- Atualizada 06/06/2016 às 19h10

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Atualizada às 19h11

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Em cerimônia realizada no início da noite desta segunda-feira (6), no Cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte, foi cremado o corpo do ex-governador de Minas Gerais, Hélio Garcia. Ele morreu, aos 85 anos, na manhã desta segunda na capital mineira. Conforme a assessoria do Hospital Unimed (Unidade Contorno), Garcia deu entrada na unidade no dia 28 de maio, com quadro de pneumonia grave. Ele não resistiu e faleceu hoje, em decorrência de insuficiência respiratória. O político chefiou o Governo de Minas durante dois mandatos, entre 1984 a 1987 e de 1991 a 1995.

Em site oficial, o governador de Minas Fernando Pimentel (PT) publicou nota de pesar sobre a perda. “Foi com profundo pesar que recebi a notícia do falecimento do ex-governador Hélio Garcia. Homem público com uma trajetória de inestimáveis serviços prestados ao Estado e ao país, Hélio Garcia era uma das mais importantes referências da política mineira. Minas perde uma liderança que sempre se pautou pela sensatez, serenidade e espírito democrático. Aos familiares, manifesto minha sincera e afetuosa solidariedade neste momento.”

Tendo exercido a função de secretário estadual do Interior e Justiça durante a administração de Hélio Garcia entre 1984 e 1987, o juiz-forano Sílvio de Andrade Abreu Júnior manifestou à Tribuna o pesar pela morte do ex-governador. “Perdi um grande amigo. Sempre foi progressista, desenvolvimentista e profundamente realizador,  apegando-se às grandes questões sociais que envolviam os homens públicos, dos quais dependiam as soluções. Acho que Minas e o Brasil perdem muito com a morte de um político altamente experiente e dotado de profunda sensibilidade articulatória como foi Hélio Garcia, que ficará inesquecível para todos os mineiros.”

Trajetória

Hélio de Carvalho Garcia nasceu em Santo Antônio do Amparo (MG) em 16 de março de 1931. Formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1957 e, com 32 anos, elegeu-se deputado estadual. Sua carreira política foi interrompida três vezes, em todas as ocasiões, ele abandonou a vida pública para recolher-se na sua fazenda “Santa Clara”, em sua cidade natal. A primeira vez que esse fato ocorreu foi após ter concluído seu mandato como deputado federal, em 1971. Garcia passou quatro anos enclausurado em seu recinto natural, até que em 1975 voltou e presidiu a Caixa Econômica de Minas Gerais.

Em 1982, elegeu-se vice-governador, chapa de Tancredo Neves. No ano seguinte, Tancredo nomeou Garcia para acumular o cargo de vice-governador e de prefeito de Belo Horizonte. Deixou o governo em 1988 para descansar novamente em seu “refúgio espiritual” de 2 mil hectares. O fazendeiro voltou para a política em 1990 e ganhou o Governo de Minas. Ao final do mandato, voltou novamente para sua fazenda, onde ficou mais quatro anos em silêncio. Em 1998, decidiu tentar uma vaga ao Senado, mas desistiu no início da campanha ao perceber que estava sendo traído por antigos aliados. Retornou à fazenda e abandonou o cenário político.

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A partir de 2004, Garcia começou a apresentar problemas de saúde, como má circulação que ocasionava dores nas pernas e dificuldades de locomoção, inflamação dos pulmões e lapsos de consciência. Esses e outros problemas se agravaram nos últimos anos. O ex-governador apresentava dificuldades em reconhecer pessoas próximas e raramente deixava sua fazenda em Santo Antônio do Amparo.

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