JF tem quase mil registros de violência e negligência familiar contra idosos


Por Tribuna

05/07/2016 às 17h25- Atualizada 08/07/2016 às 18h44

Soluções para o enfrentamento da violência contra idosos foram tema de uma audiência pública realizada na tarde desta terça (5) na Câmara Municipal. O secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura, Abraão Ribeiro, destacou as ações da pasta voltadas para a comunidade idosa. De acordo com os números da secretaria, entre janeiro e maio deste ano, a Administração registrou 343 relatos de violência intrafamiliar contra idosos e 642 situações de negligência, também praticadas por familiares contra essa parcela da população. Ele ressaltou ações, projetos e programas do município – como os desenvolvidos pelo Centro de Convivência Italia Franco – , que atendem e prestam serviços a uma média mensal de aproximadamente 2.280 idosos.

“Parece muito, mas, diante do tamanho de nossa cidade, temos a consciência de que é preciso avançar mais”, admitiu Abraão. O secretário, contudo, reforçou que o Poder Executivo busca recursos para a implementação do centro-dia, ação que integra projeto de lei aprovado pela Câmara e que tem por objetivo fomentar e garantir espaço voltado para atenção especial à terceira idade, com oferta de atividades esportivas e lúdicas.

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Cotado para coordenar o Núcleo de Atendimento ao Idoso, que entrará em funcionamento ainda este mês, no Santa Cruz Shopping, o delegado da Polícia Civil Márcio Sabino Lopes – que representou o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil de Juiz de Fora (4º DEPPC), Eurico Cunha Neto – admitiu que os números relacionados à violência contra o idoso em Juiz de Fora têm aumentado. Contudo, destacou que a consolidação do núcleo será uma ação relevante para frear o crescimento dos indicadores. “Estaremos lá para consagrar o Estatuto do Idoso, com foco especial aos 15 crimes previstos por este estatuto.”

O delegado também respondeu a ponderações feitas pelo gerontólogo José Anísio da Silva, o Pitico, que destacou a necessidade de que os servidores do núcleo tenham treinamento específico para um bom atendimento ao idoso. “Só assim poderemos combater o preconceito institucional, como os casos relatados por alguns dos presentes”, ponderou Pitico. Sobre o pleito, Márcio Sabino Lopes afirmou que os profissionais estão sendo preparados de forma a dar o “melhor atendimento possível à pessoa idosa”.

O encontro foi realizado por meio de requerimento assinado pela Comissão Permanente de Defesa dos Direitos dos Idosos da Casa e fez parte das ações pertinentes ao Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado no último dia 15.

 

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