Com visual deslumbrante, Ibitipoca Off Road atrai mais de 500 pilotos

Os encantos da região são palco da 28ª edição do Ibitipoca Off Road, nos dias 4, 5 e 6 de agosto


Por Bruno Kaehler

30/07/2017 às 04h00- Atualizada 01/08/2017 às 21h10

A harmonia da diversificada fauna com campos de altitude, o mar de montanhas e seus paradisíacos visuais serão palco, no próximo fim de semana, do rali considerado o mais charmoso do Brasil. Com largada no sábado (5), na Faculdade Suprema, em Juiz de Fora, e passagens por Lima Duarte (MG) e seu distrito, Conceição de Ibitipoca (MG) – local de pernoite até o domingo (6), o 28º Ibitipoca Off Road (IOR) atrai mais de 500 pilotos de todo o país, em disputas nas motos ou carros até a chegada, no domingo (6) também na Suprema.

 

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Ao lado do coordenador geral do evento, Manoel Resende, a Tribuna visitou alguns trechos de trilhas da prova – sobre duas ou quatro rodas – e colheu depoimentos de pilotos expoentes e iniciantes no enduro que salientam a ansiedade em participar de uma competição cheia de atrativos e adrenalina.

Os distritos de Manejo, em Lima Duarte, e Valadares, em Juiz de Fora, fazem parte do roteiro rural dos pilotos. Pelo caminho serão encontradas, com alta frequência, paisagens ora acompanhadas de cachoeiras, ora de espécies nativas como cacto, orquídeas e bromélias. Passagens sobre uma antiga a ponte sobre o Rio do Peixe chamam a atenção. Outro aspecto de destaque da prova é a altimetria. Os pilotos devem passar por pontos a centenas de metros acima do nível do mar, característica da região, com panorâmicas do “mar de montanhas” de Minas.

Segundo o também coordenador geral do IOR, Thiago Resende, há momentos da prova em que os palcos do enduro serão inéditos à maioria. “O que podemos adiantar é que iremos passar por trechos conhecidos pelos pilotos, mas alguns novos. Destaco que teremos lugares que pilotos nunca passaram. Apenas o enduro vai fornecer essa experiência”, reitera o organizador. Soma-se à tudo isto a presença dos famosos balaios, as pegadinhas durante as trilhas, incrementando a aventura.

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Foto: Leonardo Costa

Neutro de carbono

“A maior preocupação da prova desde o início, no levantamento, até o final, é de preservar a natureza. Em alguns lugares fazemos até o replantio em trechos das trilhas para evitar o maior desgaste que os automóveis podem causar na prova.” O relato de Thiago Resende faz parte da obtenção do selo Evento Neutro de Carbono, à cargo do Instituto Brasileiro de Defesa da Natureza (IBDN).
Isto significa que toda a emissão de dióxido de carbono (CO2), principal causador do efeito estufa, será mapeada nos dias de prova para traçar o perfil das emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera durante o enduro. Um quarteto do IBDN irá compensar o prejuízo dos três dias de prova. Serão retiradas mudas (espécies nativas da Mata Atlântica) de viveiros do IBDN e plantadas no parque Ecológico do Tietê, em São Paulo (SP).

A competição

No dia 4 de agosto, a partir das 14h, ocorrem a vistoria e o briefing aos participantes, também na Faculdade Suprema. Todos os participantes têm velocidade limitada à orientação em planilhas desenvolvidas pela organização. Não vence a prova o mais veloz, mas sim quem obedecer as planilhas durante os dois dias. Ao todo, são esperadas 450 motos e 75 carros nos dois dias de percurso. No maior grid, os participantes são divididos em 14 categorias, por idade ou experiência. São elas Dupla Graduado, Dupla Junior, Dupla Novato, Estreantes, Feminino, Junior, Master, Novato, Over 40, Over 45, Over 50, Over 55, Pais e Filhos e Sênior. Já nos veículos 4×2 ou 4×4 houve segmentação em cinco grupos: Graduado, Master, Passeio Pais e Filhos, Turismo e Turismo Light.

“Primeiro, a prova tem o maior grid do Brasil. Outra novidade nesse ano foi o lançamento da loja oficial do rali no Mister Shopping, com até cerveja própria. Na competição há a estreia da categoria Pais e Filhos nos carros. Os percursos serão diferenciados por níveis técnicos. As categorias principais vão passar em trilhas mais difíceis, mas com altas quilometragens em todas”, revela Thiago Resende.

A alta quilometragem é considerada um dos principais desafios dos pilotos. Nas motos e por dia de prova, os percursos vão de 166km, em categorias como a Dupla Novatos, a até quase 200km, na Master. Já nos carros, em cinco categorias, serão cerca de 230km (em média) por dia.

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A Faculdade Suprema receberá a festa de encerramento do evento no domingo (6), a partir das 14h30. O evento irá receber mais uma vez a adrenalina das manobras no ar do piloto de freestyle motocross, Fred Kyrillos. Há ainda shows programados, paralelos às chegadas dos pilotos, com Felipe Marques, Duo Retrô Acústico e Batucano (Bateria da Atlética Medicina Suprema).

 

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