Motorista conta como foi ‘dar carona’ ao Cruzeiro até o Estádio
Márcio Araújo relata clima de descontração na inusitada chegada dos celestes ao Helenão
Um motorista botafoguense, com nome de ex-flamenguista, conduzindo um ônibus com jogadores cruzeirenses. A cena inusitada com os atletas do Cruzeiro em um ônibus de linha a caminho do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, na quarta (21), antes da partida entre Tupi e Cruzeiro, rodou o país.
E coube ao motorista da linha 517, Márcio Araújo, de 37 anos, levar a delegação celeste até a entrada dos vestiários, depois que o ônibus oficial do clube de Belo Horizonte teve problemas nas proximidades do estádio. Segundo Márcio, ele estava escalado para conduzir o ônibus, que em dias de jogos, faz o trajeto entre o centro da cidade até o estádio, quando, por volta das 21h, se deparou com o veículo do Cruzeiro quebrado numa curva, travando o trânsito.
“Os passageiros desembarcaram nas proximidades e eu fiquei aguardando se iam tirar o ônibus ou não. Foi quando um policial militar e os agentes da Settra me perguntaram se daria para eu levar o pessoal do Cruzeiro até dentro do estádio, pois estavam em cima da hora. Fiquei aguardando os jogadores entrarem no ônibus e seguimos. Foi um clima bem descontraído. Passamos no meio da torcida do Tupi, que aproveitou para zoar, mas sem nenhuma agressão. Os jogadores do Cruzeiro foram brincando e cantando dentro do ônibus, levando tudo na esportiva”, conta ele.
Márcio Araújo, que é torcedor do Botafogo, disse que também se divertiu com o fato, pois viu o técnico do Cruzeiro, Mano Menezes, sentado no banco do cobrador, sendo provocado pelos jogadores. “O meu cobrador ficou ao meu lado e, quando o pessoal do Cruzeiro entrou, os jogadores falaram para o Mano Menezes sentar no banco do cobrador, pois é mais elevado. Ele ficou lá, controlando a turma. Os jogadores começaram a cantar uma música zoando o Mano, pois ele estava com uma blusa azul, a mesma cor do nosso uniforme. O meu cobrador ainda falou: perdi o meu lugar para o Mano”, diz. O motorista conta que nos seus 9 anos de profissão nunca tinha passado por uma situação como essa. Após a partida, que foi vencida por 1 a 0 pelo time de Belo Horizonte, outro ônibus conduziu a delegação celeste.
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