Futuro do JF Vôlei ainda depende da obtenção de recursos este ano

Maurício Bara crê em “arrancada final”, mas admite que equipe pode ser rebaixada e ressalta que prioridade é a saúde financeira do projeto


Por Bruno Kaehler

18/01/2018 às 07h00- Atualizada 18/01/2018 às 07h33

Maurício Bara- diretor técnico

Em um cenário ideal, não basta o JF Vôlei se livrar do rebaixamento nesta temporada. A prioridade, paralelamente aos resultados em quadra, é a obtenção de recursos através de leis do incentivo ao esporte para que a saúde financeira da equipe respire e, consequentemente, permita a sequência do projeto. É o que relatou à Tribuna o diretor técnico do time local, Maurício Bara, questionado sobre as possíveis consequências de uma queda na Superliga.

“Vai depender muito da captação pelas leis de incentivo. Não podemos levar um descenso como o fim do mundo, já esteve muito perto de acontecer em outras situações. Se cairmos, mas houver uma estrutura financeira e de gestão para tocar o projeto, vamos brigar para voltar o mais rápido possível. Mas o futuro vai depender muito dessa estrutura”, conta.

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Apesar do sucesso em quadra na temporada passada, em que a equipe foi aos playoffs da Superliga pela primeira vez em sua história, o balanço financeiro contrastou. “Terminamos em um vermelho significativo para nossa realidade e optamos para que isso não aconteça novamente. Houve uma estabilização maior nas ações administrativas, e, ao mesmo tempo, limitações de contratações. Mesmo ainda confiando no potencial do grupo, sabíamos que poderíamos estar nesta situação de hoje”, explica Bara, que, mesmo sem os resultados, fez questão de elogiar o entendimento da situação vivida pelo clube por parte da torcida, imprensa e patrocinadores.

Há ainda dúvidas quanto à extensão da parceria com o Sada Cruzeiro no empréstimo de jovens jogadores. A renovação não está condicionada à manutenção da vaga na elite do voleibol brasileiro, mas deverá ser discutida novamente. “É claro que a Superliga A é mais atrativa, mas temos que sentar à mesa para ver se há a possibilidade da parceria na B também. Não paramos para conversar com eles e temos um prazo até após a Superliga. Vamos batalhar, mas independente do panorama, já está na nossa cabeça o maior aproveitamento de atletas da cidade. Apesar de serem muito novos, o que dificulta que sejam inseridos na equipe adulta durante os jogos, buscaremos criar essa cultura”, expõe.

Primeiro patrocinador por lei do incentivo ao esporte

Equipe, penúltima colocada na Superliga, volta a quadra neste sábado (20), contra o Vôlei Renata, em Campinas (SP), às 18h, pela terceira rodada do returno

Primordial para a vitalidade do projeto, o JF Vôlei anunciou nesta quarta-feira (17) a conquista do primeiro patrocinador através da lei federal de incentivo ao esporte. De acordo com o site do Ministério do Esporte, o montante já transferido ao JF Vôlei é de R$ 25 mil, através da empresa Rivelli. O documento, público, ainda revela que a equipe conquistou o direito de captar R$ 1.074.000. A verba obtida, porém, só poderá ser utilizada quando 20% deste valor for recebido, por previsão em lei. De acordo com Bara, a equipe segue buscando o apoio de empresas para o repasse e, nos próximos meses, a expectativa é de que o montante aumente e possa ser utilizada para a temporada 2018/2019. A equipe, penúltima colocada na Superliga, volta a quadra neste sábado (20), quando visita o Vôlei Renata, em Campinas (SP), às 18h, pela terceira rodada do returno.

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