Marcel rumo aos cem jogos pelo Tupi

Juiz-forano e criado no Tupi, volante comemora marca que será atingida neste sábado (16), no duelo contra o Fortaleza (CE)


Por Bruno Kaehler

14/09/2017 às 08h43

“É um momento muito importante na minha vida. Me sinto representando todos os meus amigos da base que são de Juiz de Fora e espero comemorar esses cem jogos com muita alegria com a torcida”, revela o cabeça de área (Foto: Leonardo Costa)

O volante Marcel, 30 anos, é um raro exemplo entre as equipes do interior do futebol brasileiro: em meio à alta rotatividade dos jogadores, sobretudo em clubes das terceira e quarta divisões nacionais, o volante juiz-forano e carijó irá atingir a marca de cem jogos com a camisa do Tupi neste sábado (16), no duelo de ida das quartas de final da Série C contra o Fortaleza (CE), às 16h, na Arena Castelão. O feito foi comemorado antes da viagem da delegação para o Ceará, na manhã desta quinta-feira (14).

“É um momento muito importante na minha vida. Fui criado em Juiz de Fora, comecei nas divisões de bairros e depois o Leo Condé (ex-técnico do Tupi) me levou para a base do Tupi. Fui crescendo e Deus me abençoou a seguir carreira como profissional, o que é muito difícil. Não são muitos jogadores da base do Tupi que conseguiram. Então fico feliz, me sinto representando todos os meus amigos da base que são de Juiz de Fora e espero comemorar esses cem jogos com muita alegria com a torcida”, conta.

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Marcel chegou em Santa Terezinha com apenas 12 anos. Antes disso, em Juiz de Fora, passou por Paraibuna de Metais, AABB e Renascer. Antes de se profissionalizar pelo Galo ainda teve passagem na base do Fluminense. Em 2007, subiu ao elenco principal do Tupi, com primeira oportunidade na temporada seguinte. Desde então, entre saídas e retornos, o atleta foi campeão da Série D em 2011, título mais importante da história centenária alvinegra. Não bastasse isso, o jogador, que voltou ao Carijó em 2016, na disputa da Série B, vê em seu comprometimento o motivo para a expressiva marca.

“(Cheguei aos cem jogos) Porque me entrego. Quando entro em campo sei que tenho minha família, mas entendo que não estou representando só ela. Represento uma torcida, a cidade, uma entidade muito importante em Juiz de Fora, então entrego minha vida como se fosse para Juiz de Fora inteira. O importante é a pessoa se cuidar, treinar sério, como se fosse jogo, e ficar focado”, relata.

Cenário atual lembra auge em 2011
Não há como dissociar as histórias de Marcel e do Tupi ao título brasileiro da Série D de 2011 após finais contra o Santa Cruz (PE) em vitórias de 1 a 0, em Juiz de Fora, e 2 a 0, no Arruda, diante de mais de 60 mil pessoas. O curioso é que o momento atual do time, para Marcel, é similar ao vivido na campanha campeã.

“Lembro que foi a mesma coisa. Subimos, passamos do Anapolina, Oeste, ganhamos o primeiro jogo da final dentro de casa e no domingo ligamos a televisão com um programa falando que o Santa Cruz já era o campeão. Ficamos a semana toda trabalhando quietos e surpreendemos. Por isso eu falo que futebol é dentro de campo. Futebol é muito difícil e sério. Quando menos falarmos e mais trabalharmos, melhor para sábado”, garante o juiz-forano.

 

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