Sapo de Fora: Meu filho vai ter nome de craque


Por Marcio Santos

10/07/2018 às 07h01- Atualizada 10/07/2018 às 07h22

Época de Copa do Mundo suscita nos amantes do futebol o desejo de homenagear os grandes jogadores do torneio, dando seus nomes aos herdeiros. Quantos Edsons, Romários e Ronaldos não foram registrados depois do tri, do tetra e do pentacampeonato conquistados pelo Brasil? No meu caso, os nomes que me chamavam a atenção eram os de jogadores de outras seleções e, pensava: quando tiver um filho vou colocar um nome de jogador e, de preferência, que seja atacante.

A Copa de 1990, na Itália, foi a primeira que comecei a observar os nomes dos destaques das seleções. Na Holanda, gostava de Ruud Gullit e Marco Van Basten. Na campeã do mundo Alemanha, Klinsmann, na Itália, o artilheiro Salvatore (Totó) Schillaci. Mas foi na Copa de 1994, nos Estados Unidos, que eu escolheria o nome do meu futuro filho. Um nome diferente, de um atacante não muito badalado da Bélgica: Marc Degryse.

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Encuquei com esse nome e estava decidido em homenagear o jogador colocando o seu nome no meu primeiro rebento. Nem mesmo na Copa de 1998, na França, com nomes de jogadores marcantes, como os dos irmãos dinamarqueses Brian e Michael Laudrup, além de Patrick Kluivert e Dennis Bergkamp, da Holanda me demoveram da ideia. Veio então a Copa de 2002 na Coréia e no Japão, e a minha esposa, Tatiana estava grávida. Combinei com ela que eu escolheria o nome e já estava decidido. Pois, apesar da conquista do pentacampeonato pela Seleção Brasileira, nenhum outro nome me inspirara a ponto de substituir Marc Degryse. Mesmo sabendo que não era consenso entre avós e a esposa. Mas o ultrassom me obrigou a mudar de idéia: era uma menina.

Apesar disso, a homenagem não deixou de ser prestada. Amante de música negra, resolvi homenagear o cantor Nat King Cole com o nome da sua filha, Nathaly, uma das mais belas vozes do soul norte-americano. Passou a Copa de 2006, na Alemanha, e o nome seguia na minha mente. Meu segundo filho viria a nascer no ano de 2008. E era um menino! Seria agora a chegada de Marc Degryse. Mas, respeitei a vez da minha esposa em escolher o nome. E ela escolheu um nome mais comum, João Vitor. Mas, pelo menos, ele herdou a mesma paixão pelo esporte que o pai.

Depois da eliminação da Seleção Brasileira na Copa da Rússia, certamente outros nomes de jogadores da Bélgica vão ficar gravados na memória de muitos brasileiros. Quem sabe não teremos registros de Eden Harzard, Romelu Lukaku, Kevin De Bruyne…

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