Muito prazer, Juiz de Fora Vôlei


Por GUSTAVO PENNA

08/11/2015 às 07h00

O estreante Mark Plotyczer, capitão do time, crê que o JF Vôlei pode surpreender (LEONARDO COSTA/05-11-15)

O estreante Mark Plotyczer, capitão do time, crê que o JF Vôlei pode surpreender (LEONARDO COSTA/05-11-15)

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O nome da equipe mudou, mas a presença de Juiz de Fora na elite do vôlei nacional já está se tornando tradicional. Dando o saque inicial hoje, às 18h, contra o Voleisul/Paquetá, em Novo Hamburgo-RS, o Juiz de Fora Vôlei inicia sua quinta temporada na Superliga. Em um ano marcado por dificuldades financeiras, com redução de 75% do orçamento, entrar em quadra pode ser considerada a primeira conquista da equipe.

“Vamos para mais uma temporada, agora com um misto de sensações”, diz o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara. “Satisfação por ter a equipe em quadra, já que em alguns momentos duvidamos que isso pudesse acontecer. Mas essa nova fase terá um ar diferente também. Tem a tranquilidade por já termos passado por isso anteriormente, embora seja completamente diferente da primeira temporada. Sabemos como é viver aquilo ali. Conhecemos nossas limitações e dificuldades, mas confiamos que a equipe pode encaixar”, projeta, com os pés no chão sobre qual é a meta inicial da equipe.

“Nosso objetivo é a permanência, assegurar a vaga para que possamos continuar esse processo de reestruturação. A primeira meta é terminar entre os dez primeiros. Mas podemos refazer as metas ao longo da competição. Vai que a gente encaixa uma série de vitórias? Aí não temos que olhar para o décimo lugar. Mas é claro que terminar em décimo seria uma grande vitória, por tudo que nós passamos nesse ano.”

Surpresa?

Apesar das dificuldades, a confiança dentro do elenco aponta para um cenário mais otimista do que aquele adotado fora da quadra. Para o ponteiro e capitão da equipe, Mark Plotyczer, o Juiz de Fora Vôlei pode surpreender após o início de temporada turbulento. “Eu não sou muito fã das teorias de metas e objetivos, principalmente em um grupo novo como o nosso. Pode ser que a gente surpreenda bastante, trabalhamos todos os dias para isso. Não se sabe qual é o nosso potencial exato e para onde vamos, mas temos que tirar proveito disso a cada dia. Chegaram peças novas. Sempre existe um período de adaptação, mas temos conseguido evoluir em cada treino. Durante o Mineiro já crescemos bastante, e agora, nessa última semana, treinamos muito bem. Estou bastante confiante para essa estreia”, afirma Mark.

Aos 28 anos, o capitão da equipe construiu sua carreira na Europa e fará sua estreia disputando uma Superliga, oportunidade que o tem deixado animado. “Saí do Brasil aos 19 anos, na fase de transição do juvenil para o adulto. O ápice da minha carreira foi a preparação para os Jogos Olímpicos de 2012 (quando defendeu a Grã-Bretanha), e desde então não sentia esse frio na barriga, essa gana de treinar e de jogar.”

 Amadurecendo

Após a campanha decepcionante no Campeonato Mineiro, o Juiz de Fora Vôlei recebeu seis reforços: o levantador Maurício, o oposto Leandrão, o central Igor e os ponteiros André Santos, Renato e Djalma. Por outro lado, perdeu dois ponteiros. O americano Phillip Fuchs alegou questões particulares para retornar aos Estados Unidos, e o próprio André Santos já se despediu de Juiz de Fora após receber uma proposta do Bahrein.

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“Sem dúvida crescemos bastante desde o início da temporada, em todos os fundamentos. É claro que com a chegada de mais jogadores isso também contribui. Hoje temos cinco atletas que não faziam parte do grupo, quase 50% do que tínhamos à disposição. Mas temos que evoluir ainda mais se quisermos jogar de igual para igual”, avalia o técnico Alessandro Fadul, confiante em um grupo mais experiente e vibrante dentro de quadra.

“Durante o Campeonato Mineiro faltavam muitas vezes puxões dos mais velhos para manter a pegada. Hoje nós temos jogadores com perfil menos calado. Isso ajuda bastante na vibração dentro de quadra. Seremos uma equipe um pouco mais madura após a chegada desses atletas.”

Para a estreia diante do Voleisul/Paquetá, o ponteiro Renato deve ocupar a vaga deixada por Phillip Fuchs. A principal dúvida do treinador é sobre o levantador. Felipe Hernandez e Maurício disputam o posto. Além dessa função, o restante da equipe deverá ter os ponteiros Mark e Renato, o oposto Ricardo, os centrais Diego e Ninão, além do líbero Fábio.

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