Ricardo Drubscky: “O tempo é muito curto”


Por Bruno Kaehler

08/06/2016 às 14h13- Atualizada 08/06/2016 às 14h26

Foto: Leonardo Costa
Foto: Leonardo Costa

 

Após ter saída do Tupi oficializada pelo clube na manhã desta quarta-feira (8) após reunião com a cúpula alvinegra, o técnico Ricardo Drubscky reiterou que a decisão foi tomada em comum acordo e que não projetava as mudanças cobradas pelo torcedor de forma emergente pelo número de reforços contratados há pouco mais um mês. Questionado sobre as críticas apontadas à diretoria, Drubscky elogiou a gestão e lamentou a escassez de vitórias no início da Série B.

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Tribuna de Minas: O que foi determinante em sua decisão?
Ricardo Drubscky: Foi uma decisão conjunta, alguma coisa para tentar mudar a situação. Não foi unilateral, mas em conjunto. Conversamos hoje e chegamos a um acordo.

– A resposta técnica da sua equipe não correspondeu às suas metodologias?
– O tempo é sempre muito curto. A diretoria queria que a gente ficasse, mas o tempo é muito curto para mostrar qualidade. Ia demorar um pouco mesmo, foram dez, 11 contratações, e o futebol brasileiro não dá tempo para que as coisas aconteçam. Tudo tem que ser de imediato, os jogadores estavam tentando fazer o que era pedido, e os resultados acho que também conspiraram contra.

– O torcedor vem criticando a gestão da presidente sobretudo na falta de transparência no setor financeiro. Isso também desgastou seu trabalho?
– Vejo a diretoria trabalhando de uma maneira correta, íntegra, honesta, lisa. Até onde me é permitido observar, não vi nada que a diretoria fizesse que atrapalhasse nosso trabalho. A manifestação do torcedor é uma parte desse contexto todo. É importante dizer que não foi simplesmente o Drubscky que pediu para sair. Houve uma conversa em  que se chegou a isso. O torcedor quer ver o time vencer e isso é um reflexo do que não conseguimos reverter em resultados, mas acredito em uma recuperação.

-Te chateia as críticas com o histórico que possui fundamentalmente dentro do clube?
– Me chateia não conseguir fazer o que propomos, que era uma Série B sem muito sofrimento, com segurança. Infelizmente não deu, mas não tem essa. Futebol é dessa forma e não tem como fugir. O mercado é esse, assim que se faz futebol no Brasil. É sacudir a poeira e partir para outra.

– Houve um investimento ainda menor do que o esperado ou dificuldades acima das expectativas?
 Fizemos tudo aquilo que era permitido, não quero que passe nenhuma conotação de que achei alguma coisa. A diretoria deu o que tinha que dar, entramos no orçamento proposto pelo clube, fizemos as escolhas em conjunto, então não tenho nada a reclamar disso. Estava ciente da dificuldade. Nos jogos que fizemos, poderíamos ter conquistado mais pontos, mas os resultados conspiraram contra, foram gols perdidos, pênalti não marcado, gols sofridos em dois finais de partida.

Houve muitas falhas na defesa também que não te agradaram?
– Não culpo defesa, ataque, centrovante. A equipe como um todo não reverteu em vitória. Todos nós estamos no mesmo contexto, tivemos algumas coisas que conspiraram contra, e a equipe não conseguiu os resultados”.

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