Bicho por permanência


Por Tribuna

07/10/2016 às 07h00- Atualizada 07/10/2016 às 08h21

Segundo Gustavo, forma de repasse do bônus pela permanência ainda não foi definida (leonardo costa/06-10-16)

Segundo Gustavo, forma de repasse do bônus pela permanência ainda não foi definida (leonardo costa/06-10-16)

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Na 18ª colocação da Série B, há sete jogos sem vencer e com 5 pontos a menos que o Oeste, primeiro clube fora da zona de rebaixamento, o Tupi se apega em cada detalhe nas últimas nove rodadas do campeonato pela recuperação na tabela e fuga da degola. Dentro deste contexto, a motivação financeira voltou a ser assunto em Santa Terezinha após boatos de insatisfação dos atletas. No começo da Série B foi definida gratificação destinada aos atletas e integrantes da comissão técnica do Tupi pela manutenção do clube na segunda divisão nacional. Inicialmente, foram estipulados dois prêmios após encontros entre jogadores e o diretor executivo de futebol alvinegro, Gustavo Mendes. O primeiro seria dividido, criteriosamente, entre os integrantes da equipe juiz-forana após o término da competição, no valor total de R$ 250 mil, segundo apuração da Tribuna e sem confirmação oficial pelo clube, com o outro, de caráter simbólico, de R$ 100 a cada profissional, e de mesmo destino, mas dado a cada vitória, como solicitado integralmente pelos atletas e extinto há um mês.

Acompanhando a atividade carijó ontem, em Santa Terezinha, Mendes não confirmou as quantias, porém explicou como se deu o acordo, realçando que a bonificação por embate foi deliberada por iniciativa do grupo, que não teria demonstrado insatisfação ou buscado aumento da premiação final. “Quando eu cheguei, disse que o futebol seria gerido de uma maneira profissional. Tenho tentado implantar isso do primeiro ao último minuto. Quero lamentar que provavelmente de dentro do clube saia algum comentário ou informação fora de contexto para que haja esse tipo de comentário, porque não é a primeira vez que ouço. Isso e comparar com outras épocas não é profissional. Antes do início do campeonato eu sentei com os jogadores e conversei com eles sobre premiação. Tudo foi discutido com os jogadores exaustivamente. Foi acertado, dentro de um critério, como ela seria paga. A primeira frase da reunião com os atletas foi que o clube pode arcar com algo dentro de suas possibilidades. Não vamos esquecer que o Tupi hoje cumpre seus compromissos salariais, o que é muito mais importante do que premiação. Em dado momento, foi colocado pelos atletas que alguma coisa poderia sofrer alguma alteração. O pedido deles foi atendido naquele momento. Se alguém se sentiu insatisfeito, não demonstrou aqui. O fórum de ir para a imprensa acho que não é o adequado para discutir, até porque essa mesma situação já faz tempo e passou. Lamento ter que comentar isso de maneira a reagir a um comentário que me parece leviano em um momento difícil.”

Todos os pagamentos por triunfo foram quitados com os jogadores. A forma de repasse do bônus pela permanência ainda não foi definida, mas, ao contrário do que foi aplicado no acesso, o montante não deverá ser repassado a apenas um profissional para divisão, e cada membro do elenco não deve receber a mesma quantia.

‘Precisamos melhorar’

O polivalente defensor do Tupi, Bruno Costa, presente desde o início na campanha carijó da Série B, admitiu a premiação, mas minimizou a motivação dada pela quantia no momento vivido pelo clube, exemplificando com uma experiência vivida quando defendia outra agremiação. “Bicho existe desde que comecei a ser jogador de futebol. O nosso, como de qualquer outro clube onde estive, sempre foi tratado antes e aqui não é diferente. Não adianta querermos um bicho muito maior se as condições que o clube oferece não são essas, e isso foi tratado antes de começar a competição. O importante é saber que precisamos melhorar, porque, independente de bicho, o que vale, e falo por mim, acreditando que também pelo elenco, é a honra, a questão de ter projeções para o próximo ano. Do que adianta ter um bicho grande e não conseguir tirar o time dessa situação? Um exemplo particular é que já estive em um clube onde tinha um bicho de R$ 15 mil por jogo e 30 atletas iam para as partidas. É muito dinheiro. E a equipe caiu. O bicho, neste momento, não é o que vai fazer a equipe sair dessa situação, mas sim a gente brigar, continuar acreditando e conquistar os pontos para sair dessa situação.”

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