UFJF/Asepel estreia no Mineiro de base no Estádio Municipal

O sonho de adolescentes juiz-foranos em seguir carreira no esporte terá novo capítulo neste sábado (7). A equipe do Futebol UFJF, projeto de extensão da Federal na modalidade, volta a disputar a segunda divisão sub-15 e sub-17 do Campeonato Mineiro, com estreia neste sábado (7). Os duelos serão contra o Bangu Esporte Clube, de Congonhas (MG), e estão marcados para as 9h, da categoria mais jovem, e 11h no sub-17. A novidade fica por conta do local: o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, com entrada gratuita do público.

Coordenador do projeto, o professor Marcelo Matta comemorou a possibilidade de atuar no maior palco esportivo da cidade. “Foi em função da nossa pista de atletismo e campo de futebol serem utilizados nesse fim de semana no Campeonato Mineiro de Atletismo. Como a Federação Mineira de Futebol está muito rigorosa na vistoria dos campos, nos orientou a solicitar o Estádio Municipal. Explicamos a situação para a Prefeitura, e o secretário de esportes, Julio Gasparette, nos entendeu. O ponto mais bacana agora talvez seja esse da ansiedade dos meninos. Estamos preocupados, é claro, mas queremos oportunizar uma competição de alto nível a eles, com a primeira vez do projeto no estádio”, relata.

Como citado pelo profissional responsável pelo projeto de futebol de base, outra novidade na temporada está na parceria com a Associação de Ensino e Pesquisa em Esporte e Lazer (Asepel), que irá auxiliar a equipe na captação de recursos através das leis de incentivo ao esporte, como já é realizado pelo JF Vôlei. A dupla com o Uberabinha, que ficou com a vaga na elite estadual até anunciar a desistência, na última segunda, foi finalizada ainda em 2017. Agora com filiação da Asepel, a UFJF volta a buscar o acesso, conquistado em 2016. A diferença para o atual cenário é a maior esperança de melhorias, como destacou o técnico do sub-17, Alex Nascif, vice-campeão em 2016 pela mesma faixa etária.

“Estou no projeto desde 2011, quando sonhávamos com a disputa do Mineiro, e sete anos depois isso é uma realidade. Voltamos a jogar a segunda divisão com uma perspectiva de melhora porque essa parceria com a Asepel nos permite isso em função das leis de incentivo ao esporte. É o único meio que a gente vê para solucionar os déficits de hoje. Iniciamos os treinos no dia 29 de janeiro. Pouco antes disso captamos os jogadores. Apesar das dificuldades, nosso diferencial são os treinamentos. Tenho certeza que chegaremos muito bem na competição”, aposta ele.

Nascif tem como auxiliares Wanderley Tavares e Bruno Petrus, além do preparador físico Guilherme Acácio, do treinador de goleiros das duas categorias, João Gabriel Gerheim, e analista de desempenho Eduardo Kaehler. Na outra faixa etária, o comando é do treinador Thadeu Luiz, com trabalho dos auxiliares Felipe Fernandes e Pedro Horta e do preparador físico Vinícius Xavier.

Ao projetar os obstáculos esperados no Estadual, Thadeu lembra de sua participação na equipe sub-15 campeã da segunda divisão há duas temporadas. “Trabalhei com o Dudu (técnico Sérgio Eduardo), do Uberabinha, e levamos o título em um campeonato muito aguerrido. A elite já é mais técnica e tática, as equipes são melhores, mas na segunda divisão são jogos mais físicos, de força. Passamos aos meninos desde o início a importância de vencer em casa, principalmente, porque lá fora encontraremos jogos muito difíceis. Mas claro que buscaremos vencer todos”, analisa.

Contando as horas

Fã de Neymar, o atacante da equipe sub-15, João Marcos Moura de Oliveira, 15 anos, do Bairro Belo Aurora, não vê a hora de estrear na competição. “Tem três anos que estou no projeto, fiquei sabendo dele e vim fazer um teste. E essa vai ser a primeira vez que vou disputar o Mineiro. Espero que a gente comece ganhando e leve o título no fim”, idealiza.

O jovem também está ansioso para jogar no Estádio Municipal. “Vai ser diferente, é mais uma emoção e já bate a ansiedade. Às vezes a gente não consegue nem dormir direito. Imagino fazer um gol no estádio. É um dos meus sonhos, assim como virar jogador profissional e poder dar melhores condições para a minha família”, revela.