Morre prestigiado técnico de ginástica Deber Zambelli
Professor e treinador tinha 51 anos e estava internado desde o dia 19 de dezembro
Um dos mais conceituados e premiados treinadores de ginástica em Juiz de Fora, Deber Luiz Zambelli Pedrosa tornou-se sinônimo do esporte na cidade, ao lado do irmão Wanderson, também profissional da área. Com uma trajetória que soma mais de três décadas, Deber foi 12 vezes medalhista no campeonato pan-americano e 22º colocado no Campeonato Mundial de Ginástica de Trampolim, de 2009, na Rússia. Em sua mais recente vitória, trouxe para a casa a as medalhas de ouro no duplo mini trampolim, ouro no mini trampolim e prata no tumbling no Escolar de Ginástica de Trampolim, em Itabira (MG), treinando o pequeno João Victor Cândido, de apenas 8 anos.
Atualmente, Deber, com seus 1,89 metros de altura, era responsável pela equipe de ginástica do Clube Bom Pastor, onde comandava mais de uma centena de jovens atletas. Por 21 anos ele fez história no Instituto Vianna Júnior. Internado no Hospital Universitário da UFJF desde o último dia 19 de dezembro, Deber faleceu, aos 51 anos, na tarde deste sábado (4). A causa da morte não foi informada. Ele deixa a mãe, o irmão Wanderson e a irmã Vanilde. Seu velório acontece até as 11h deste domingo (5), no Cemitério Parque da Saudade e seu enterro acontece no mesmo dia, às 14h, em sua terra natal, Piau, a pouco mais de 40 km de Juiz de Fora.
Deber também deixa centenas de amigos e atletas de diferentes gerações. Em suas redes sociais, muitos se manifestaram, como a jovem Lohayne Clavelari. “Foram 13 anos do lado dessa pessoa maravilhosa, que me ensinou desde meus 5 aninhos a ser forte, a ser determinada, que sempre me dizia ‘se cair você levanta e continua'”, escreveu, e, em tom emocionante, acrescentou: “É, tio Deber, você me ensinou a perder nas competições e a continuar, mas não ensinou um dia a ter que perder você. Eu estou literalmente sem chão com essa notícia.”
Em 21 de julho de 2019, na seção Outras Ideias da Tribuna, Deber contou um pouco de sua história, ao lado do irmão Wanderson, três anos mais velho. Na entrevista, o treinador contou seu despertar para o esporte e também falou sobre a emoção de, como professor, deixar marcas na trajetória de outras pessoas: “O que me encanta mais é a capacidade dos ex-alunos se lembrarem de você. Outro dia estava na rua e um ex-aluno pediu para tirar foto comigo. Eu havia dado aula para ele no terceiro período. Isso mostra que deixei alguma coisa nessas pessoas.”
