Escuderia Papaléguas organiza ‘Rolé de Rolimã’ na tarde deste domingo

Para promover a modalidade, grupo realiza evento gratuito em loteamento no Bairro Industrial


Por Bruno Kaehler

02/02/2018 às 07h00- Atualizada 02/02/2018 às 07h36

Para promover a modalidade, Escuderia Papaléguas organiza o “Rolé de Rolimã” na tarde deste domingo (4), gratuito ao público em loteamento no Bairro Industrial (Foto: Leonardo Costa)

Quem não se recorda ou nunca participou, com amigos ou familiares, de brincadeiras envolvendo carrinhos de rolimã por ruas da cidade? Se você é mais jovem, talvez não conheça. Mas tem uma oportunidade. A Escuderia Papaléguas, equipe que promove a modalidade em Juiz de Fora, promove evento neste domingo (4), às 15h, no Bairro Industrial, no loteamento Jardim São João (atrás do supermercado Mart Minas e da Becton Dickinson). O grupo busca reunir famílias e amigos para aprender ou voltar a pilotar os carrinhos de rolimã.

“Para participar basta vir aqui a partir das 15h e deixaremos 15 carrinhos à disposição das pessoas que queiram descer a ladeira com a gente. Não tem nenhum custo. Todos podem vir, brincar com a gente, irão receber as instruções de segurança e aos poucos avaliamos quem pode subir mais a ladeira. A programação inicial é a de que o evento vá até as 17h”, conta o presidente da Escuderia, Adriano Cristino.

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A Tribuna visitou o local que sediará o evento deste domingo, onde os praticantes optam por trajetos que vão de 200 metros a 800 metros. Os pilotos mais velozes chegam a 55km/h, de acordo com os pilotos. A segurança, independente do percurso adotado, é prioridade. “Para todos os iniciantes na prática ou pessoas novas no grupo sempre há uma conversa antes. Nós explicamos o funcionamento dos carrinhos e mostramos todos os materiais. Damos instruções básicas, rápidas”, explica Adriano. Atualmente a Escuderia possui 31 carrinhos e dez capacetes, além de joelheiras e tornozeleiras. O presidente é responsável pela montagem de carrinhos através também de materiais reciclados doados.

Outro diferencial é a presença e maior interação de famílias, objetivo da equipe, como destaca o vice-presidente Sérgio Silva. “Nossa prioridade desde o início é reunir as famílias, porque hoje vemos uma distância entre os filhos, no videogame ou computador, e os pais. Não brincam juntos. Percebemos essa necessidade e sempre divulgamos eventos como o de domingo e cada vez mais famílias aparecem aqui. Já recebemos desde crianças de três anos até pessoas de 70 que gostam de relembrar a infância.”

 

Grupo não para de crescer

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Criada em 2015, após GP organizado na UFJF, a equipe Papaléguas começou através de uma ideia do vigilante e hoje presidente, Adriano Cristino, 40 anos. Dos ensinamentos aos dois filhos no Bairro Retiro, moradores se unirmos roles e, a partir disso, o grupo não parou de crescer. “Como a maioria não tinha condições de comprar o material, fui fazendo mais carrinhos para formarmos o grupo. Optamos, então, por começar a expandir o projeto indo a novos lugares, até porque os moradores da minha rua iniciaram reclamações pelo barulho, mesmo com a gente andando uma vez na semana, à tarde, e apenas por uma hora”, relembra.

Já ao lado do churrasqueiro Sérgio Silva, 45, hoje vice-presidente do grupo, a equipe passou a brincar em diferentes lugares da cidade e divulgar os encontros em página no Facebook (facebook.com/escuderiapapaleguasderolima). “Andamos nesse loteamento atrás do Mart Minas (Bairro Industrial), além da pista ao lado do Carrefour e no Alphaville. A Escuderia só cresce através da divulgação, e hoje possuímos um grupo no WhatsApp com cerca de cem pessoas de todas as idades. Há ainda mais praticantes envolvidos, mas como divulgamos muitas imagens e vídeos no grupo, alguns preferem sair e apenas frequentar nossos eventos”, conta Adriano.

Durante cada reunião, o esforço da equipe vale a pena quando aquela sensação de nostalgia é preenchida também por adrenalina e novas amizades. “Quando eu era criança via muitos jovens brincando na rua, e hoje a tecnologia tirou muito isso. Nossa intenção é proporcionar essa alegria às crianças e familiares. Acabamos nos recordando de outras brincadeiras que fazíamos, como pegar casca de coqueiro e descer terrenos, ou até mesmo arrancar portas velhas de armário e descer o asfalto. São momentos que nunca esquecemos”, diz Sérgio.

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