Velório coletivo de vítimas do acidente aéreo será no estádio da Chapecoense


Por Agência Brasil

01/12/2016 às 09h15- Atualizada 01/12/2016 às 09h58

Torcedor reza na arquibancada da Arena Condá (Foto: Ralph Quevedo/Sentinela 24h)

Chapecó (SC) – A Prefeitura Municipal de Chapecó confirmou ontem que o velório das vítimas do acidente aéreo na Colômbia será realizado na Arena Condá, estádio da Chapecoense. O dia e o horário da cerimônia ainda não estão definidos, já que depende da liberação dos corpos e do transporte ao Brasil. A chegada dos corpos no município do Oeste catarinense está prevista para esta sexta (2).

Na quarta à tarde, autoridades estiveram no estádio da Chapecoense para avaliar o espaço físico e planejar o velório coletivo. A cerimônia deverá reunir dezenas de milhares de pessoas que irão se despedir das vítimas, especialmente dos integrantes da delegação do clube alviverde. À noite, no horário em que estava prevista a partida entre Chapecoense e Atlético Nacional de Medellín, pela final da Copa Sulamericana, houve uma intensificação da vigília no estádio. O lateral Cláudio Winck não havia sido escalado para a partida na Colômbia e, por isso, não estava no avião. De manhã, ele caminhou no gramado do estádio e conversou com amigos e torcedores. “A gente está sempre viajando, uma vez por semana tem voo de avião. Havia a expectativa de que a equipe voltasse para casa com um bom resultado na final, e acontece uma fatalidade dessas. Agora não tem como pensar em futebol, o momento é de mobilização para ajudar os familiares das vítimas”, afirmou o atleta.

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Identificação

Na Colômbia, teve início ontem a identificação dos corpos das 71 vítimas do acidente. Familiares viajaram ao país para ajudar no reconhecimento. Vinte já haviam sido identificadas até o início da tarde de quarta. O estado de saúde dos seis sobreviventes ainda é delicado, especialmente dos três jogadores. O lateral Alan Ruschel sofreu traumatismo na coluna e já passou por uma cirurgia bem-sucedida. O goleiro Jackson Follman teve uma perna amputada, após ter dado autorização aos médicos para o procedimento. O estado de saúde do zagueiro Hélio Neto, que sofreu um traumatismo craniano, é o mais grave.

O jornalista Rafael Henzel, a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico da aeronave Erwin Tumiri estão em condições mais estáveis, porém com ferimentos graves. Tumiri contou à equipe de resgate que conseguiu salvar a própria vida seguindo os procedimentos de segurança indicados. Ele disse que ficou em posição fetal com uma mala entre as pernas, mas que muitos passageiros, com o nervosismo do momento, haviam ficado em pé.

 

 

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