Ex-aluno da UFJF na Seleção sub-15


Por BRUNO KAEHLER Repórter

01/05/2016 às 07h00

Fernando também treina os arqueiros sub-17 do Coritiba

Fernando também treina os arqueiros sub-17 do Coritiba

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O futebol está em minha vida desde criança, quando comecei a dar os primeiros passos com o objetivo de me tornar um goleiro profissional”. Fernando Corrêa, hoje com 26 anos, mal sabia o que o destino lhe reservaria. Após início de carreira profissional entre as traves, o jovem rio-pombense mudou seu rumo no esporte mais popular do mundo com a formação na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e, exercendo a função de preparador de goleiros sub-17 do Coritiba (PR), foi convocado para a Seleção Brasileira sub-15 para a disputa do Torneo Delle Nazioni, na Itália, que termina hoje.

“Em um determinado momento tive que optar entre continuar jogando, sabendo que não atingiria uma estatura ideal que hoje é exigida ao goleiro, ou estudar para continuar no futebol de outra forma. Foi então que, em 2008, tive a felicidade de ingressar na UFJF no curso de Educação Física e Desportos, concluído em 2013. Ao longo de minha estadia na universidade me dediquei a estudar o treinamento de goleiro, onde me deparei com uma escassa literatura na área, e, a partir disso, busquei desenvolver alguns estudos para tentar contribuir com o desenvolvimento da preparação de goleiro no Brasil”, contou Fernando.

Atual coordenador do Centro de Formação de Jovens Futebolistas da UFJF (CEFOR-UFJF), Marcelo Matta abriu as portas para Fernando cinco anos atrás. “Em 2011 recebi do professor Marcelo Matta o convite para atuar como treinador de goleiro nas categorias de base do Sport Club JF e a partir daí passei por Ubaense, Tupi, Grêmio Novorizontino e, desde 2015, estou na comissão técnica de base do Coritiba”, relembra Fernando, que reitera a importância dos primeiros passos. “Foi em Juiz de Fora que desenvolvi toda minha base teórica e prática para realizar a função de treinador de goleiros, tive a oportunidade de conviver com grandes profissionais e sofrer ótimas influências teóricas e práticas. Acho que sem a UFJF para me oferecer a base teórica e o Tupi e Sport para me permitirem aplicar a prática, com certeza eu não estaria onde estou. Sou muito grato a todos.” O início na Princesa de Minas, aliás, encorpou sua lista de ídolos, citando o integrante da comissão técnica carijó, Walker Campos, pela competência e “vida dedicada à preparação de goleiros no clube.”

Na primeira fase do torneio italiano, os jovens perderam dois jogos, para a Eslovênia e EUA, por 2 a 1, e empataram em 2 a 2 com a Croácia. Os brasileiros lutam, hoje, pelo nono lugar da competição em partida contra o México, nada que o faça esquecer do momento em que obteve conhecimento de que defenderia sua nação. “Recebi o comunicado no treino e fiquei muito emocionado, pois estou realizando um grande sonho de representar a Seleção Brasileira em um grande torneio da categoria na Itália. Fora todo o filme da minha trajetória até chegar esse dia que passou pela minha cabeça.”

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