Greve já é mais longa que a de 2015


Por Barbara Landim

26/09/2016 às 16h52- Atualizada 26/09/2016 às 18h30

(Foto: Leonardo Costa)
(Foto: Leonardo Costa)

Os bancários iniciaram mais uma semana de greve distribuindo canja à população, com o mote “banqueiro não dá canja para ninguém”. O ato foi realizado no Calçadão da Rua Halfeld, em frente ao Itaú. No total, foram distribuídos 120 litros do alimento. Nesta segunda-feira (26), a paralisação completou 21 dias, o mesmo período da greve em 2015, com uma diferença: o movimento, até agora, segue sem acordo e por tempo indeterminado. Uma das greves mais longas da categoria aconteceu em 2004 e se estendeu por um mês.

Segundo o Sindicato dos Bancários Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf JF), as ações ficaram concentradas no Itaú (todas as agências fechadas), além de Bradesco e Santander, com paralisação nos bairros. Mantendo a tradição, as unidades do Banco do Brasil e da Caixa seguem sem atendimento. No total, 63 agências ficaram fechadas na região, sendo 43 na cidade.

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Na falta de novas rodadas de negociação, o comando dos bancários reunido em São Paulo enviou comunicado à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), na intenção de retomar as negociações, interrompidas desde a recusa da proposta de 7% mais abono de R$ 3.300, apresentada pelo patronal no dia 9 de setembro e reapresentada no dia 15. A Fenaban, por meio de sua assessoria, afirmou que “uma nova data para reunião deverá ser anunciada em breve”. A expectativa é que aconteça nesta terça, a partir das 14h, em São Paulo. A federação destacou, ainda, que a proposta em vigor “resulta numa remuneração superior à inflação prevista para os próximos doze meses, com ganho expressivo para a maioria dos bancários”. A categoria reivindica 14,57%, sendo 5% de ganho real e 9,57% de reposição inflacionária.

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