Bancários podem cruzar os braços em outubro


Por Tribuna

25/09/2015 às 17h31- Atualizada 25/09/2015 às 19h00

Atualizada às 19h

Os funcionários das agências bancárias de Juiz de Fora podem entrar em greve a partir do dia 6 de outubro, de acordo com o Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf-JF). Nesta sexta (25), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) apresentou proposta de reajuste de 5,5% para salários e vales, e mais R$ 2.500 de abono. O Comando Nacional dos Bancários considerou os valores “desrespeitosos” e orientou os sindicatos à convocação de assembleia até 1° de outubro para deliberarem sobre a greve.

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Na cidade, a assembleia da categoria acontece na próxima quinta-feira (1°). O secretário geral do Sintraf-JF, Carlos Alberto de Freitas Nunes, informou que está sendo elaborado o edital de convocação. “Estamos trabalhando para a realização de todos os procedimentos legais para informar aos bancários e à população sobre os rumos da negociação.” Segundo ele, caso não haja nova proposta da Fenaban, os trabalhadores devem cruzar os braços no dia 6.

Para a coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Juvandia Moreira, a proposta apresentada nesta sexta pela Fenaban é “a pior dos últimos anos”. “É um total desrespeito à categoria”, criticou. “E o desrespeito não é só com os bancários, mas com toda a sociedade, já que o setor vai levar os trabalhadores a uma paralisação nacional, mesmo com os bancos em pleno ganho.” Ela destacou, ainda, que “o abono não pode substituir reajuste, pois não se incorpora aos salários.”

Os bancários reivindicam reajuste de 16%, valorização do piso salarial, PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, melhores condições de trabalho, fim da terceirização, dentre outros.

Procurada pela Tribuna, a Fenaban declarou, em nota,  que “neste momento delicado da economia, a proposta visa compensar perdas decorrentes da inflação passada, sem contaminar os índices futuros, o que iria contra os esforços do Governo para reequilibrar os fundamentos macroeconômicos, possibilitando a retomada do crescimento na economia.” O texto diz, ainda, que a proposta ” mantém o poder de compra médio da categoria nos últimos 12 meses, após um processo de aumentos dos salários reais dos bancários que ocorre sem interrupção desde 2004.”

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