Funcionários da Mercedes voltam a cruzar os braços nesta segunda


Por Tribuna

08/08/2016 às 09h48- Atualizada 08/08/2016 às 16h40

*Atualizada às 11h40

(Foto: Antônio Carlos Nascimento)
(Foto: Antônio Carlos Nascimento)

Funcionários da Mercedes-Benz estão com as atividade paradas nesta segunda-feira (8). Conforme o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, João César da Silva, a paralisação ainda não pode ser considerada como greve, mas sim um protesto contra a posição da empresa nas negociações salariais.  Segundo ele, não houve avanços na rodada realizada na última sexta-feira (5). “Amanhã vamos fazer uma nova assembleia na porta da fábrica, se a empresa não mudar seu posicionamento, a tendência é continuarmos nosso movimento”, comentou.

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De acordo com ele, hoje 750 trabalhadores não estão produzindo, com isto, 100% da fábrica está parada. No início da manhã, houve congestionamento nas imediações da empresa, que fica na Barreira do Triunfo, Zona Norte, já que nenhum funcionário entrou no local.

Na pauta de reivindicações da classe estão definição do valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e renovação da garantia de emprego para os cerca de 750 trabalhadores locais.

O sindicato também pretende evitar o trabalho aos sábados, a realização de jornada estendida e o cumprimento de hora extra enquanto não houver acordo entre as partes. O prazo para pagamento da primeira parcela da PLR é 20 de agosto, e o acordo de manutenção do nível de emprego venceu no dia 30 de junho.

Por nota, a assessoria de comunicação da Mercedes informou que ” foi surpreendida e lamenta a paralisação na fábrica, uma vez que está em processo de negociação com o Sindicato dos Trabalhadores da região.  Apesar das dificuldades enfrentadas com a forte retração do mercado de veículos comerciais no Brasil, o que causou uma queda de 41% no volume de produção e gerou um importante excedente de mão de obra, a empresa não deixou de negociar com os representantes da unidade, inclusive, a participação nos lucro para o ano de 2016.  Um movimento de greve neste momento não colabora com o processo de negociação e só traz prejuízo para todos”.

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