Greve dos bancários começa no 5º dia útil


Por Tribuna

05/10/2015 às 20h22- Atualizada 05/10/2015 às 20h24

A corrida aos bancos nesta segunda-feira (5), que provocou filas e longa espera em boa parte das agências, não foi motivada apenas pela escala de pagamento de aposentados e pensionistas. Muitos juiz-foranos foram aos bancos para fugir do início a greve dos bancários, que começa nesta terça, em pleno quinto dia útil do mês. A expectativa do sindicato de classe é conquistar adesão de, pelo menos, metade dos 1.100 trabalhadores do ramo na cidade. Considerando a Zona da Mata e Vertentes, o número chega a 1.400. Tradicionalmente, as instituições públicas costumam concentrar maior participação ao movimento em Juiz de Fora.

“Esperamos que a adesão seja maior ante a dos últimos anos”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (Sintraf-JF), Carlos Alberto Nunes. A entidade promete respeito à lei de greve, com a manutenção de 30% dos funcionários em atividade para a realização de serviços essenciais. Ontem, segundo Nunes, teve início o trabalho de conscientização da categoria e colagem de cartazes nas agências. As estratégias para o primeiro dia ainda não foram definidas. Uma assembleia no final da tarde hoje vai avaliar e definir os rumos do movimento, que segue por tempo indeterminado.

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Segundo Nunes, mediante a proposta de 5,5% de reajuste mais R$ 2.500 de abono, não incorporado ao salário, não restou outra alternativa à categoria que a paralisação nacional. “É uma proposta, no mínimo, ofensiva”, diz, ressaltando que não contempla nem a reposição inflacionária calculada em 9,88% no período. Na pauta nacional, há a reivindicação de 16% de reajuste salarial, participação nos lucros e resultados (PLR) de R$ 7.246,82 e 14º salário, entre outras cláusulas econômicas e sociais.

A Federação Nacional de Bancos (Fenaban), por meio de nota, afirmou que mantém negociação pautada pelo diálogo junto a lideranças sindicais. Conforme a Fenaban, a proposta econômica prevê PLR aplicada ao salário-piso, que poderia garantir ganho equivalente a quatro salários, calcula a entidade. “A entidade reitera que continua aberta a negociações e avaliará contrapropostas que venham a ser apresentadas pelas representações sindicais.”

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