No passinho do sapateado


Por Júlio Black

27/05/2017 às 15h22

Foto; Marcelo Ribeiro
Foto; Marcelo Ribeiro

O ritmo e o som do sapateado marcou presença no Calçadão da Rua Halfeld na manhã deste sábado, com a realização da quinta edição da Sapateata. O evento, que integra a programação do Corredor Cultural, é realizado pelo Corpus Núcleo de Dança para marcar as comemorações do Dia Internacional do Sapateado, que é celebrado todo dia 25 de maio, e foi realizada pela primeira vez no local.

Sob a orientação da professora, coreógrafa e bailarina Nana Vasconcellos, as dançarinas – com idades que variavam dos cinco aos 25 anos – desceram a Rua Halfeld a partir da esquina da Avenida Rio Branco executando uma coreografia marcada apenas pelo som dos sapatos nas pedras portuguesas, acompanhadas pela batida igualmente ritmada das baquetas. A Sapateata prosseguiu até a frente do Cine-Theatro Centra, onde as dançarinas executaram alguns números de dança ao som de canções de artistas como Bruno Mars e Meghan Trainor.

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“Escolhemos trazer a comemoração para o Calçadão porque um dos objetivos da Sapateada é levar cultura para o povo, e também é importante trazer o sapateado para as ruas para que ele não morra”, explica Nana Vasconcellos. “O sapateado começou ainda na época do cinema mudo e teve seu auge durante a era dos musicais, graças a artistas como o Fred Astaire, mas depois foi caindo. E estamos aproveitando esse retorno dos musicais para divulgar mais uma vez o sapateado, que é uma dança irreverente e em que fazemos música com o pé e o corpo.”

Dentre as dançarinas que participaram da apresentação estava Andressa Soares, 23 anos, há anos no Corpus. “Sempre procuramos fazer essas apresentações na rua porque nem todos podem ir ao teatro. É importante divulgar o sapateado, que é uma forma de expressão artística única.” Quem também participou foi Marina Pernisa Junqueira, oito anos, que começou a dançar aos dois anos. “Não foi a primeira vez que dancei na rua, e não fiquei nervosa. Foi muito legal, e quero continuar com o sapateado”, disse. Já Eduarda Cunha Borges, 12 anos e dançarina desde os três, diz que ficou nervosa, principalmente por ter começado o sapateado mais tarde que as outras. “Mas não errei nada”, afirmou, orgulhosa.

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