Exposição celebra 90 anos de Dnar Rocha

Vinte e uma obras poderão ser conferidas até setembro no centro cultural que leva o nome do artista plástico mineiro, morto em 2006


Por Júlio Black

24/08/2022 às 07h00

Exposição foi montada com obras emprestadas de coleções particulares (Foto: Divulgação)

Os 90 anos de nascimento do artista plástico mineiro Dnar Rocha, que nasceu em 21 de julho de 1932, serão comemorados até 23 de setembro com a exposição “Dnar”, que foi aberta na última terça-feira (23) no Centro Cultural Dnar Rocha, no Bairro Mariano Procópio. Com curadoria do supervisor de Artes Visuais do Programa Gente em Primeiro Lugar, Carlos Elias de Souza, as 21 obras da mostra integram o acervo da expositora Zaira Martins e de outras coleções particulares e foram cedidas para exibição ao público. A exposição marca a abertura de um novo espaço expositivo no centro cultural, com visitação gratuita de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Segundo o coordenador-geral do equipamento urbano, Fernando Valério, as obras que integram a exposição são oriundas de várias fases da vida artística de Dnar. O pintor, nascido em Rio Pomba, veio com sua família para Juiz de Fora em 1951 e iniciou sua formação artística na Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras dois anos depois. Ele fez parte do grupo de artistas plásticos composto por nomes como Nelson Bracher, Renato de Almeida, Décio Bracher e Renato Stehling, entre outros, e realizou sua primeira exposição em 1954.

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“São obras que remetem às paisagens mineiras e naturezas mortas. Buscamos, a partir delas, trazer para a exposição essa expressividade que ele tinha ao pintar seus quadros”, explica Valério. “Além de resgatar a memória desse grande artista plástico e valorizar a prata da casa, o Centro Cultural Dnar Rocha atua no sentido de incentivar os cidadãos de Juiz de Fora a conhecerem suas personalidades e a entenderem a relevância que a cidade tem no campo das artes.”

As tratativas para conseguir o empréstimo das obras ficaram por conta de Carlos Elias de Souza. A preparação para a exposição teve início em junho, e “Dnar” marca a abertura do novo espaço expositivo, ocupando o espaço da sala de artes, além do corredor que já era utilizado com o mesmo fim. “É interessante pontuar que Dnar Rocha é um pintor que fala muito do cotidiano e do seu território, e ao trazermos uma exposição do artista que nomeia o espaço estamos fazendo uma reflexão sobre o espaço que ocupamos. Ter uma exposição dele é nos reafirmarmos como espaço de fruição cultural”, afirma Valério.

Exposições e oficinas

Além de servir como espaço para exposições, Fernando Valério destaca que o Centro Cultural Dnar Rocha abriga outras atividades, como as oficinas do programa Gente em Primeiro Lugar, que utiliza o equipamento cultural como sede administrativa. “Temos oficinas de teatro, grafite, artes visuais, musicalização, violão, teclado, capoeira, samba, danças populares e urbanas, balé e novas tecnologias (design gráfico e informática), entre outras”, lista. “São 52 turmas no total, com cerca de 900 pessoas ocupando o espaço toda semana. Além disso, grupos de teatro da cidade utilizam o centro cultural nos finais de semana para seus ensaios.”

Para os próximos meses, a previsão é intercalar as exposições nos dois ambientes destinados para os artistas visuais, e algumas mostras já estão em fase de negociação por meio da supervisão de artes visuais do Gente em Primeiro Lugar. “Nosso objetivo é fazer o artista plástico entender o Centro Cultural Dnar Rocha como espaço para fazer suas mostras, além de passar a receber espetáculos de música e teatro, e que seja um lugar de recepção e distribuição da arte como um todo.”

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