Intervenção artística homenageia Dia da Consciência Negra


Por Tribuna

19/11/2014 às 15h07- Atualizada 19/11/2014 às 15h59

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Juiz de Fora pode não ter o feriado do Dia da Consciência Negra, como ocorre em muitas cidades brasileiras – inclusive algumas mineiras -, mas certamente a data não passará despercebida por aqui. Prova disso foi a mobilização de alunos e professores do Instituto de Artes e Design (IAD) hoje (19), em torno das 13h, um dia antes da comemoração oficial, celebrada no dia 20 de outubro.

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Em uma performance que reuniu música e encenações, cerca de 20 alunos apresentaram “Águas negras: homenagem aos nossos ancestrais africanos”,com 12 músicas de temática afrodescendente que fazem referência às águas, todas de artistas nacionais. “Pesquisamos diversas músicas brasileiras com influências africanas, tanto na letra – algumas em idiomas ou dialetos africanos, como o ioruba -, quanto outras com ritmos influenciados musicalmente pela África”, diz a professora Taís Bandeira, que assinou a direção artística da intervenção, finalizada ao som de kizomba, ritmo africano semelhante ao maracatu.

Para fazer a curadoria musical, a equipe pesquisou mais de 200 músicas para chegar às 12 que compuseram a apresentação, que teve nomes de artistas conhecidos, mas não da música popular, e sim do meio erudito, como Heitor Villa Lobos e Francisco Mignone. “Trabalho em diversas áreas da música, até na ópera, mas, quando canto música africana ou afrodescendente, soa com uma vibração diferente”, conta a professora, que comemorou a realização do evento ao ar livre, ao contrário da edição do ano passado, feita no Museu de Artes Murilo Mendes (Mamm), “A ideia foi fazer barulho e chamar a atenção, para mostrar que temos gente talentosa, animada.”

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