‘Elvis’, longa sobre a vida e carreira de Elvis Presley, chega aos cinemas

Com pré-estreia nesta quarta-feira, longa de Baz Luhrmann relembra a trajetória, ascensão e queda do Rei do Rock


Por Júlio Black

13/07/2022 às 07h00

Austin Butler dá vida a Elvis Presley em novo longa sobre a vida do astro do rock, dirigido por Baz Luhrmann (Foto: Divulgação)

Baz Luhrmann é diretor de poucos filmes, mas é inegável que seus projetos são quase sempre ambiciosos. Depois de longas como “Romeu + Julieta” (1996), “Moulin Rouge” (2001), “Austrália” (2008) e “O Grande Gatsby” (2013), o cineasta australiano resolveu contar a vida de Elvis Presley, um dos maiores nomes da história da música (e do rock), em “Elvis”, que tem pré-estreia no Brasil nesta quarta-feira, quando se comemora o Dia Mundial do Rock. O longa teve sua primeira exibição no Festival de Cannes, em maio, e estreou nos Estados Unidos e em outros países em 24 de junho. Segundo o Box Office Mojo, a produção tem acompanhado as críticas positivas, tendo faturado US$ 155 milhões mundialmente até a última segunda-feira (11).

Nascido em 8 de janeiro de 1935 em Tupelo, no estado norte-americano do Mississipi, Elvis Aaron Presley teve sua vida contada e recontada em inúmeras cinebiografias, documentários, livros, que também buscaram analisar sua obra, personalidade, relacionamentos, decisões artísticas e polêmicas em que se envolveu até sua morte, em 16 de agosto de 1977, em Memphis, no Tennessee. Apesar de ter vivido apenas 42 anos, Elvis teve uma trajetória intensa, com acontecimentos marcantes que poderiam resultar em um filme que apresentasse apenas um recorte de sua carreira, mas Luhrmann é ambicioso e entrega um filme que busca retratar toda a vida daquele que é considerado – por muitos – como o rei do rock and roll.

PUBLICIDADE

O escolhido para interpretar Elvis Presley foi Austin Butler, que já havia trabalhado em longas como “Era uma vez em… Hollywood” e “Os mortos não morrem”. A história, porém, é contada pelo narrador nada confiável representado pelo empresário de Elvis, o Coronel Tom Parker (Tom Hanks). O longa é baseado, então, na relação conturbada de mais de duas décadas entre os dois. O papel de “vilão” dado a Parker pode até ser amplificado pelo fato de que toda cinebiografia vai mostrar a visão do diretor sobre a vida do seu protagonista, mas o empresário era conhecido por não ser das pessoas mais honestas e pelo oportunismo, uma vez que os contratos com o cantor davam a ele nada menos que 50% dos ganhos do cantor – o que não impediu que Tom Parker morresse, em 1997, atolado em dívidas.

Vida, obra, morte

É pelo olhar do empresário, então, que “Elvis” mostra a infância do cantor, quando se muda do Mississipi para o Tennessee; sua ligação e admiração pela música negra norte-americana; a descoberta do futuro astro quando faz suas primeiras gravações na Sun Records de Sam Phillips; o contrato com Tom Parker; o estouro como astro de rock e as polêmicas pelo seu estilo de cantar no palco; o alistamento no Exército; o casamento com Priscilla (Olivia DeJonge); a mudança na carreira, quando se tornou cantor de baladas e astro de Hollywood; a volta com o especial gravado em 1968; e a decadência na conhecida “fase Las Vegas”.

“Elvis” dá destaque ao relacionamento entre o cantor e seu ganancioso empresário, mas o longa também mostra o cantor ao lado de grandes nomes da música, como B.B. King (Kelvin Harrison Jr.), Little Richard (Alton Mason), Big Mama Thornton (Shonka Dukureh) , Arthur “Big Boy” Crudup (Gary Clark Jr.), Sister Rosetta Tharpe (Yola) e Hank Snow (David Wenham). A mãe Gladys (Helen Thomson) e o pai Vernon (Richard Roxburgh) também são lembrados na produção, que deve apresentar para toda uma geração um artista que, morto há quase 45 anos, ainda é celebrado por incontáveis fãs e músicos.

O conteúdo continua após o anúncio

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.