‘Pantera Negra: Wakanda para sempre’ estreia nesta quinta-feira em JF
Sem Chadwick Boseman, que morreu em 2020, o longa apresenta novo personagem vestindo o uniforme do herói e a entrada de Namor no MCU
Um dos filmes mais marcantes e bem-sucedidos comercialmente do Marvel Studios, “Pantera Negra” é considerado uma das melhores produções do Universo Cinematográfico Marvel (MCU, em inglês) por vários motivos. O principal deles é ter levado pessoas pretas de todo o mundo a se verem representadas no cinema graças ao T’Challa de Chadwick Boseman, o primeiro protagonista negro dos longas da Marvel e que se tornou um ícone social, cultural e até mesmo político. Em seguida veio a bilheteria mundial de mais de US$ 1,3 bilhão, e, por fim, as sete indicações ao Oscar de 2019, incluindo melhor filme (primeira produção de super-heróis a ser indicada), tendo levado três prêmios: trilha sonora original, figurino e design de produção.
Por isso, nenhuma surpresa quando foi anunciado que o filme de Ryan Coogler teria uma continuação, “Pantera Negra: Wakanda para sempre”, que estreia nesta quinta-feira (10) com sessões de pré-estreia nesta quarta. Porém, a trajetória entre os dois longas foi marcada pela morte de Boseman, em agosto de 2020, vítima de câncer. Como o Marvel Studios decidiu não colocar outro ator no papel do rei de Wakanda, foi preciso fazer alterações na trama da continuação, ainda que o estúdio não tenha revelado o quanto o roteiro precisaria ser alterado. Desde o início, especulou-se que a irmã de T’Chala, Shuri, seria a nova Pantera Negra, mas as declarações da atriz Letitia Wright – que interpreta a personagem – contra a vacina da Covid-19, colocaram até mesmo sua participação em “Wakanda para sempre” em dúvida.
Com Ryan Clooger – que assina o roteiro com Joe Robert Cole – novamente na direção, “Pantera Negra: Wakanda para sempre” não revelou muita coisa em seus trailers. Mesmo assim, é possível apostar que a história se passa pouco tempo após a morte de T’Challa, cuja imagem está presente em toda Wakanda, e que Shuri, a rainha Ramonda (Angela Bassett), Nakia (Lupita Nyong’o), Okoye (Danai Gurira) e M’Baku (Winston Duke) estão envolvidos de alguma forma com a preocupação mais urgente: proteger a fictícia nação africana das forças exteriores após T’Challa – que agora não pode mais proteger sua terra natal – revelar otod o potencial de Wakanda no longa anterior. Quem também volta ao universo de “Pantera Negra” é Everett K. Ross, agente da CIA interpretado por Martin Freeman.
Se o filme de 2018 teve em Erik Killmonger (Michael B. Jordan) um dos melhores vilões do MCU, “Wakanda para sempre” tem nada menos que Namor (Tenoch Huerta), o Príncipe Submarino, como antagonista (ou seria vilão?). Nos quadrinhos, as nações de Wakanda e Atlântida já estiveram em conflito diversas vezes, com o ápice acontecendo na saga “Vingadores vs. X-Men”, apesar de, na época, T’Challa e Namor fazerem parte dos Illuminati ao lado do Professor Xavier, Raio Negro, Reed Richards, Homem de Ferro e Doutor Estranho.
Para o cinema, algumas modificações foram feitas. Em primeiro lugar, o reino submarino de Atlântida foi substituído por Talocan, inspirado na mitologia asteca (o que pode ser visto no visual dos personagens). Além disso, o reino oceânico só se revela para o mundo após o discurso do recém-falecido Pantera Negra na ONU (Organização das Nações Unidas); o motivo é o receio de que a nação subaquática esteja em perigo após Wakanda revelar seu potencial para o mundo, e por isso Namor resolve agir para proteger seu povo. Essa decisão, entretanto, vai colocar os dois poderosos reinos em conflito.
Além da inclusão de Namor – que Tenoch Huerta já confirmou, em entrevista, que será um mutante, assim como nos quadrinhos, “Pantera Negra: Wakanda para sempre” terá mais uma nova personagem que deverá ser importante para o futuro do MCU, Riri Williams (Dominique Thorne), a Coração de Ferro, uma estudante do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que desenvolve uma armadura tão avançada quanto as criadas por Tony Stark. A personagem, inclusive, terá uma minissérie própria no Disney+.
A primeira exibição mundial de “Wakanda para sempre” aconteceu em 26 de outubro, em Hollywood, e a crítica tem destacado o novo longa do Pantera Negra como uma “sequência épica e emocional que também é um tributo ao legado de Chadwick Boseman”. Se o filme entregar o que as resenhas têm destacado, o público pode esperar um filme emocionante e fundamental para o futuro do Universo Cinematográfico Marvel.