Continuação desnecessária


Por Tribuna

07/06/2015 às 04h00

Cléo Pires e Malvino Salvador repetem os papéis em 'Qualquer gato vira-lata 2' (Divulgação)

Cléo Pires e Malvino Salvador repetem os papéis em ‘Qualquer gato vira-lata 2’ (Divulgação)

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Se as últimas semanas foram marcadas por lançamentos no mínimo promissores em relação ao cinema nacional (“A Estrada 47”, “O vendedor de passados”), a atração made in Brazil em cartaz é “Qualquer gato vira-lata 2”, que retoma a tendência atual de cópias malfeitas de comédias comerciais americanas, como sempre com alguma estrela da Globo encabeçando o elenco. E que, pelo título, deixa claro que sempre há como piorar, pois se trata de mais uma continuação.

Dando prosseguimento ao filme de 2011, baseado na peça de Juca de Oliveira, “Qualquer gato vira-lata 2” mostra o casal Tati (Cléo Pires) e Conrado (Malvino Salvador) na cidade mexicana de Cancún, onde ele foi promover seu novo livro. Apaixonadinha, ela resolve fazer um pedido-surpresa de casamento, com direito a transmissão pela internet para amigos e parentes acompanharem. Como seria de se imaginar, Conrado é surpreendido pelo pedido e não responde nem “sim” ou “não”, soltando um “preciso pensar” capaz de acabar com qualquer festa.

Arrasada, Tati entra numa crise existencial capaz de fazer o seu ex do primeiro filme, o egocêntrico Marcelo (Dudu Azevedo), ter esperanças de se tornar novamente o rei do pedaço. Quem também quer se aproveitar da situação é a ex de Conrado, Ângela (Rita Guedes), que por coincidência (sério?) está no mesmo evento para lançar um livro cuja tese é antagônica (jura?) à do seu amor mal resolvido.

Com uma trama tão rasa e descartável, é de se esperar que “Qualquer gato vira-lata 2” tenha o mesmo fim de tantos filmes do gênero, além de desaparecer rapidamente da memória do espectador.

QUALQUER GATO VIRA-LATA 2

UCI 3: 13h10, 15h30, 17h50, 20h10 e 22h30. Cinemais 1: 14h50, 17h10, 19h20 e 21h50

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