Risco em estrutura de estação de tratamento é descartado


Por Tribuna

28/04/2015 às 18h20- Atualizada 29/04/2015 às 08h48

(Foto: Thiago Debortoli)
(Foto: Thiago Debortoli)

Uma comissão formada por quatro vereadores visitou, na manhã de ontem, a Estação de Tratamento de Água (ETA) que recebe os recursos oriundos do Ribeirão Espírito Santo e também da recém-inaugurada Represa de Chapéu D’Uvas. Como a Tribuna mostrou em reportagem publicada nesta terça-feira (28), a obra de ampliação do local, de R$ 10 milhões, realizada justamente para receber água da nova represa, está comprometida em razão de movimentações no solo que causaram trincas e rachaduras nos novos tanques. Conforme o vereador Roberto Cupolillo (Betão PT), presidente da comissão, há a preocupação de as falhas comprometerem a parte da estação já existente, que fica no Distrito Industrial e hoje é responsável por cuidar de metade da água fornecida à população juiz-forana. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço de Água (Sinagua), Edinaldo Ramos, reforçou esta possibilidade, caso haja novas movimentações. A Cesama descarta esta hipótese.

Segundo o diretor de Desenvolvimento e Expansão da Cesama, Marcelo Mello do Amaral, que acompanhou a visita dos legisladores, esta possibilidade existia quando o problema foi identificado, no início do ano passado. No entanto, ele reforçou que a primeira intervenção feita na tentativa de sanar a movimentação da estrutura, entre outubro de 2014 e fevereiro deste ano e que custou mais de R$ 500 mil, promoveu melhorias para evitar que isso ocorra. “Nossa primeira providência foi isolar as duas estruturas, pois sabíamos que uma poderia prejudicar a outra. Agora toda a concepção de funcionamento da estação (parte nova e antiga) é independente. Não vemos qualquer motivo para haver riscos de comprometimento dos tanques antigos.”

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De acordo com Marcelo, a questão é pontual, já que as novas trincas, observadas quando foi feito teste de carga com água de Chapéu D’Uvas entre os dias 1 e 6 deste mês, estão concentradas na unidade de filtros. “Os vereadores perguntaram se teremos que demolir a obra feita, e respondi que isso não irá acontecer. Existem soluções de engenharia para sanar o problema, só precisamos definir a solução que seja a mais rápida e eficiente.”

Segundo Betão, a comissão, formada também pelos vereadores Julio Gasparette (PMDB), Luiz Otávio (Pardal, PTC) e Zé Márcio Garotinho (PV), deparou-se com “uma obra completamente comprometida, do ponto de vista de sua estrutura”. “Denunciamos isso em 2012 e, de lá para cá, já foram gastos R$ 536 mil em reparos e a situação ainda não foi resolvida.” Ele reforçou que a obra é de difícil recuperação e pode prejudicar o abastecimento da cidade, caso a estrutura existente também fique comprometida. “Vamos iniciar um novo período de estiagem com volume de chuvas em torno de 60% da média histórica, segundo o Inmet. E a previsão é que ainda tenhamos mais dois anos de chuvas escassas”, pontuou o vereador. Agora a comissão irá se reunir para definir os próximos passos.

Edinaldo reiterou a posição do sindicato de que as empreiteiras responsáveis pela licitação devam ressarcir os cofres da companhia imediatamente. Isso porque a Cesama custeia as obras de recuperação e tenta, na Justiça, receber o valor de volta. “Reforcei este pedido aos vereadores. Não se pode colocar mais dinheiro para resolver o impasse e depois cobrar judicialmente, pois isso pode levar muitos anos e dar em nada.”

 

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