PRF detém suspeitos de esquema de CNHs falsas


Por Sandra Zanella

28/04/2015 às 14h52- Atualizada 29/04/2015 às 08h47

Dois homens, de 54 e 61 anos, moradores de Juiz de Fora, foram detidos pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na BR-040, na noite desta segunda-feira (27), por suspeita de envolvimento em uma quadrilha especializada em fraudar Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). O bando teria ramificações nos municípios fluminenses de São Gonçalo e Três Rios, onde uma autoescola também estaria envolvida. Os suspeitos estavam em um Chevrolet Chevette, que foi interceptado por policiais rodoviários por volta das 20h durante fiscalização de rotina no km 816 da rodovia, próximo à praça de pedágio de Simão Pereira.

Durante busca pessoal nos envolvidos e no veículo, a PRF encontrou duas CNHs com suspeita de inautenticidade e, durante consulta, foi confirmado que os documentos não constavam na base de dados do Detran. As carteiras supostamente falsas já estavam em nome de possíveis compradores. A suspeita de fraude foi reforçada com a localização de mais de dez formulários em branco de CNH, cópias e originais de vários documentos em nomes de terceiros, como carteiras de identidade e CPFs, além de 20 fotografias 3×4 de pessoas distintas. Também foram apreendidos cinco cheques preenchidos que, supostamente, seriam referentes ao pagamento das CNHs falsificadas.

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Conforme a PRF, o passageiro, 61, assumiu a posse dos materiais que teriam sido encontrados no bolso dele. Ele relatou aos policiais que iria devolver os documentos a seus donos e repassar os valores recolhidos a uma terceira pessoa que ele contatava via telefone e encontrava próximo à sede do Detran em São Gonçalo. Já a entrega da CNH pronta seria feita em Três Rios, também próximo ao Detran. O suspeito ainda citou uma autoescola da cidade fluminense que participaria do esquema de emissão de documentos fraudulentos.

O passageiro revelou à PRF que o custo da CNH falsa era de R$ 750 e R$ 800 para as categorias A e B, de motos e carros, e chegava a R$ 1.600 para a categoria AE, que permite a condução desde motos até ônibus e carretas. O homem admitiu aos policiais que recebia comissão que chegava a R$ 500 por semana, e informou que o motorista apenas trabalhava com o transporte, recebendo conforme os deslocamentos. Os materiais e os suspeitos foram levados para a Polícia Federal. Segundo a PF, os dois homens foram ouvidos e liberados, mas o caso segue em investigação.

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