Governo garante continuidade de trabalhos de Centro Mais Vida

A sequência dos trabalhos encontrava-se ameaçada por conta de atrasos de repasses estaduais de cerca de R$ 5 milhões


Por Renato Salles

28/02/2018 às 19h10- Atualizada 28/02/2018 às 20h36

Sequência dos trabalhos foi garantida nesta quarta em audiência pública, que teve auditório lotado (Foto: Humberto Nicoline/Câmara Municipal)

A continuidade dos trabalhos realizados pelo Centro Mais Vida Macrorregião Sudeste foi sinalizada pelo Superintendência Regional de Saúde durante audiência pública realizada na Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (28), em encontro realizado à pedido da Comissão de Defesa dos Direitos dos Idosos e da Comissão de Saúde Pública e Bem-Estar do Legislativo. A sequência dos trabalhos, que fazem parte da Agência de Cooperação Intermunicipal em Saúde Pé da Serra (Acispes), encontrava-se ameaçada por conta de atrasos de repasses estaduais de cerca de R$ 5 milhões, que se encontram represados desde setembro de 2016. Superintendente Regional de Saúde, Oleg Abramov se colocou como porta-voz de uma mensagem do governador Fernando Pimentel (PT) e afirmou que programa “não vai fechar”.

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“Tivemos um problema que resultou na negativação do consórcio para o recebimento de recursos do Estado. Resolvendo estas questões legais, temos o dinheiro em caixa e tão logo vamos efetuar o pagamento da primeira parcela”, afirmou Oleg, ressaltando que a Administração estadual tem a intenção de dar sequência aos trabalhos desenvolvidos pela Acispes. “Tanto que fizemos vários ajustes a fim de garantir esta continuidade. O governador já deu a ordem de pagamento, e o dinheiro está depositado. Temos que sair daqui e resolver estas questões legais”, considerou o superintendente. Diretora-executiva da Acispes, Aline de Cássia Lara reforçou o entendimento manifestado pela Superintendência Regional de Saúde e afirmou que o presidente da Acispes e prefeito de Rio Novo, Ormeu Rabello Filho (PPS), encontrou-se com o governador também nesta quarta-feira (28), recebendo a informação de que há intenção de o Estado liberar R$ 600 mil em recursos ainda em março.

Em matéria publicada pela Tribuna ainda em janeiro deste ano, a Acispes avaliou que a dívida poderia comprometer o atendimento de mais de 600 idosos por mês. Conforme dados fornecidos pela agência, a dívida do Estado com o Centro Mais Vida é de R$ 4.905.576,28, sendo R$ 1.226.394,88 referentes aos meses de setembro a dezembro de 2016. O restante, de R$ 3.679.181,40, corresponde ao ano de 2017, quando nenhum repasse foi feito. Ao todo, o consórcio atende a 94 municípios da região. Também à época, a coordenadora do Centro Mais Vida, afirmou que, ao longo do período em que se acumulou o passivo, o atendimento foi mantido com outros recursos da Acispes, principalmente os oriundos das prefeituras.

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