Investigações avançam com três testemunhas


Por Michele Meireles

26/11/2014 às 17h11- Atualizada 26/11/2014 às 19h06

Atualizada às 19h55

O resultado do laudo de necropsia do Instituto Médico Legal (IML), divulgado na tarde desta quarta-feira (26), apontou que o jovem Matheus Goldoni Ribeiro, 18 anos, sofreu duas lesões internas no tórax ainda em vida. A informação foi divulgada pelo delegado de Homicídios, Rodrigo Rolli. Segundo ele, as lesões foram causadas por instrumento contundente, como chute, soco, paulada ou queda. Também nesta quarta, a Polícia Civil ouviu testemunhas consideradas “chave” para desvendar o caso do jovem e que podem mudar o rumo das investigações.

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Rolli destacou que ainda não é possível afirmar se os ferimentos foram causados por terceiros ou pela queda do jovem no curso d’água. Além das lesões no tórax, a perícia encontrou um corte na boca, que pode ter sido causado pelo soco dado pelo jovem que se desentendeu com Matheus dentro da boate, e cortes na mão esquerda. O delegado disse que solicitou à perícia novos quesitos para investigar com mais detalhes o que teria causado os ferimentos do tórax.

Durante toda esta quarta-feira, Rolli ouviu cerca de dez testemunhas do caso da morte de Matheus, cujo corpo foi encontrado na segunda-feira, dia 17, nas águas da cachoeira do Vale do Ipê, após ele ter saído da boate Privilège. Três delas, sendo um ambulante, um taxista e uma mulher que passava de carro pelo local e parou, teriam sido as últimas a ver o trajeto de Matheus entre a saída da casa noturna e a entrada da mata, onde o corpo foi encontrado. Até então, os únicos ouvidos que viram o trajeto de Matheus até a mata eram os seguranças. Segundo ele, “foram depoimentos fortes e reveladores. Eles se complementam e contradizem muito o que havia sido relatado pelos seguranças da boate que correram atrás de Matheus. Será necessário fazer acareações”, disse o delegado.

[Relaciondas_post] Rolli destacou que nesta quarta também foram colhidos depoimentos de um flanelinha, da jovem que teria sido pivô do desentendimento dentro da casa noturna, do gerente da boate e dos proprietários dos carros que Matheus teria danificado. Apesar de considerar que houve avanços importantes nas apurações, Rodrigo Rolli afirmou que ainda não é possível descartar nenhuma hipótese para a morte: homicídio, latrocínio e morte provocada por queda. O laudo com o exame toxicológico das vísceras de Matheus estão sendo feitos em Belo Horizonte e ainda não está pronto. Também na capital mineira estão sendo periciados os HDs com as filmagens do interior da boate.

O caso da morte do jovem causou comoção na cidade. Na última sexta-feira, durante a missa de sétimo dia de Matheus, dezenas de amigos e familiares fizeram manifestação no Parque Halfeld, em frente à Igreja de São Sebastião, pedindo justiça.

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