OAB vai apurar suspeita de agressão a preso


Por Tribuna

26/03/2015 às 19h17- Atualizada 27/03/2015 às 08h01

Atualizada em 27/03 às 8h

A Comissão de Direito Humanos da OAB-Subseção Juiz de Fora vai apurar um possível caso de agressão contra um detento da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires. O preso, de 30 anos, teria sido espancado por um agente penitenciário na noite da última sexta-feira. Depois da agressão, que não foi confirmada pela direção da unidade, o prisioneiro foi encaminhado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). No sábado, após a entrada na unidade médica, o preso apresentava consciência confusa e estava na sala de urgência. Segundo o boletim de ocorrência registrado sobre o caso, o detento apresentava lesão e inchaço na orelha direita e um corte no supercílio. Ele teve alta no último domingo.

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Em nota, a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) informou que, na noite do dia 20, agentes da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires foram acionados para auxiliar um detento, de 30 anos, que estava se sentindo mal na cela. Ele foi encaminhado imediatamente ao posto médico da própria unidade para receber os primeiros atendimentos.
Enquanto aguardava a chegada da equipe de escolta do Sistema Prisional para ser levado ao HPS, o rapaz se mostrou muito exaltado e, mesmo passando mal, quis retornar à sua cela. Os agentes de segurança tiveram que algemá-lo para garantir a sua integridade física, pois o mesmo começou a se autolesionar, batendo a própria cabeça contra a parede.

Ainda segundo a nota, a equipe da unidade prisional acionou a Polícia Militar para lavrar o Boletim de Ocorrência por se tratar de autolesão. Com a chegada da equipe de escolta, o preso foi encaminhado ao HPS. A Suapi ainda esclareceu que esta não seria a primeira vez que ele apresentava estas reações em sua passagem pelo sistema prisional.

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Cristina Couto Guerra, informou que vai tomar providências para apurar o que ocorreu na penitenciária. Ontem, ela e outro membro da comissão estiveram no HPS, onde colheram informações sobre a permanência do rapaz no hospital. “Precisamos saber o que vem ocorrendo dentro da penitenciária, pois casos de espancamentos nos remetem ao período da ditadura militar”, ressaltou a advogada.

O caso também será apurado pela Polícia Civil. Segundo o titular da 5ª Delegacia, Vítor Fiuza, serão instauradas diligências, para saber quais providências cabíveis poderão ser tomadas. Ele informou que irá pedir o prontuário do detento ao hospital e que pretende ouvi-lo.

 

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