Estudantes da UFJF expõem em varal pedidos de mais segurança no campus


Por Bárbara Riolino

26/02/2016 às 12h59- Atualizada 29/02/2016 às 15h54

Fernando Priamo 26-02-16

 

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Dizeres como “o medo não faz parte do currículo acadêmico”, “quero poder voltar para casa da minha aula à noite sem medo de andar pelo campus” e “por uma universidade onde as mulheres sejam livres”, estamparam parte dos cartazes pregados em varais amarrados na entrada de Reitoria da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) na manhã desta sexta-feira (26). A intervenção, promovida por estudantes integrantes da Secretaria de Combate à Opressão do Instituto de Ciências Humanas (SCO/ICH), teve com objetivo chamar a atenção das pessoas a respeito de questões como atitudes racistas, machistas e homofóbicas, além de abusos sofridos pelas mulheres.

Conforme explica uma das integrantes da secretaria, Mariana Tomaz, a ideia é mostrar que estes casos também acontecem dentro da universidade. “O ato busca promover um diálogo entre as vítimas, para que elas levem estes relatos a público. Ainda existe muito medo de se expor, sobretudo quando tratam-se de tabus”. Mariana conta que nos últimos dois meses, a secretaria já recebeu 14 relatos sobre estes tipos de casos. “Queremos trazer toda a UFJF para este movimento”, comenta. Até o começo da tarde, cerca de 25 alunos de diversos cursos do ICH participaram do evento. Eles ainda realizaram um debate entre eles sobre o assunto.

Em nota, a UFJF afirma apoiar a ação realizada na manhã desta sexta e destaca que está atenta e acompanhando todos os casos de assédio sexual, agressão moral e psicológica, coerção, desqualificação intelectual, violência sexual e física contra a mulher no ambiente universitário. O trabalho de pesquisa da Diretoria de Ações Afirmativas  iniciou-se a partir dos diversos relatos e denúncias que a mesma veio recebendo nos últimos meses. Nenhuma denúncia que chegou à Diretoria teria ficado sem resposta ou acompanhamento. “A Reitoria quer deixar claro a todas as alunas, professoras e funcionárias que tiveram coragem de não mais continuarem caladas,  que não estão sozinhas”, afirma a instituição.

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