Estudantes e trabalhadores fazem ato unificado contra a PEC 55 e mudanças na educação


Por Barbara Landim

25/11/2016 às 18h17

Alunos, servidores públicos, professores e trabalhadores participaram, na manhã desta sexta (25), do ato unificado contra o “pacote de maldades do Governo Temer”, termo denominado pelos manifestantes, que abrange a proposta de emenda constitucional 55 (antiga PEC 241), que limita o teto de gastos no setor público, a medida provisória que propõe mudanças no ensino médio e o projeto “Escola sem Partido”. O protesto, iniciado pela manhã no Campus da UFJF, reuniu centenas de manifestantes que seguiram em caminhada pelas ruas centrais, e foi encerrado no Parque Halfeld por volta das 13h.

Lideranças sindicais e movimentos estudantis avaliaram a unificação como positiva e destacaram o aumento na participação de estudantes secundaristas e trabalhadores de diversas categorias. “Tivemos mais escolas e mais trabalhadores, que vieram para engrossar a nossa luta”, destacou o presidente do Sintufejuf, Paulo Dimas. Professores ligados à Apes e ao Sinpro-JF, assim como estudantes membros do Ocupa UFJF, também marcaram presença e avaliaram a ação como uma forma de expor para a sociedade os possíveis males causados pelos atos do Governo Temer. Um balanço extraoficial dos organizadores estimou a participação de 400 pessoas no protesto. A Polícia Militar, no entanto, disse que o público foi menor, de aproximadamente 150 manifestantes.

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Durante a passagem do ato, houve interrupções parciais e pontuais no trânsito. Depois o grupo passou pelas avenidas Rio Branco e Getúlio Vargas, encerrando a passeata em frente à Câmara Municipal. Além de faixas, cartazes, apitos e instrumentos musicais, universitários e secundaristas se manifestaram por meio de performances, realizadas a cada cruzamento entre Getúlio e Halfeld.

Segundo os organizadores, um evento semelhante está previsto para o dia 29, quando ocorre a votação da PEC 55 no Senado. Nesta data, o Sinpro-JF realiza uma assembleia no Ritz Hotel, com paralisação nas escolas. Os demais sindicatos e movimentos sociais e estudantis ainda não divulgaram suas atividades futuras.

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