Polícia Civil indicia professor por ato libidinoso contra aluna em JF
A defesa do docente afirmou que, nesta segunda, não conseguiu ter acesso ao processo e, só depois de ter ciência a respeito de todo o relatório do indiciamento, irá se pronunciar
O professor, de 38 anos, denunciado por uma estudante do Colégio Tiradentes, foi indiciado pela Polícia Civil por ato libidinoso contra a aluna. A informação foi divulgada, nesta segunda-feira (18), pela delegada responsável pelo inquérito, Danielle Alves Ribeiro. Segundo ela, o caso foi concluído e remetido à Justiça. O docente foi indiciado pelo artigo 215 A do Código Penal, que prevê que a prática contra alguém e sem a sua anuência de ato libidinoso, com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro, determina pena de reclusão de um a cinco anos, se o ato não constitui crime mais grave.
O caso veio à tona no dia 18 de março deste ano, quando a aluna denunciou à Polícia Militar ter sido vítima de importunação sexual enquanto estava na sala de aula, no Colégio Tiradentes, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste de Juiz de Fora. De acordo com a adolescente, o professor teria passado a mão em seus seios, quando ela mostrava uma atividade para ele. O homem chegou a ser preso e encaminhado para a 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil.
De acordo com o Registro de Eventos de Defesa Social (Reds) sobre o caso, ao qual a Tribuna teve acesso na época, os policiais militares foram acionados para o colégio, que é de responsabilidade e coordenação da Polícia Militar de Minas Gerais, para atender a ocorrência. Na instituição, foi realizado contato com as partes envolvidas.
A aluna, que já estava na companhia de sua mãe, relatou que, na parte da manhã, estava em sala de aula fazendo atividade, e o professor denunciado se encontrava como responsável dentro da sala. Conforme a adolescente, ao mostrar sua atividade para ele, o professor teria se aproximado e passado a mão em seus seios. A estudante contou que ficou muito nervosa e pediu para ir ao banheiro e, neste momento, o docente teria pego a mão dela e a segurado de forma duradoura.
Após a aula, como narrou a estudante, ela entrou em contato com seus responsáveis e contou o que havia acontecido à diretoria da escola, que fez o acionamento da PM. Ao ser ouvido pelos militares, o professor teria relatado que, às vezes, tem o hábito de pegar nas mãos dos alunos para encaminhá-los a algum local. Ele ainda negou que tivesse passado as mãos nos seios da estudante. As versões foram colhidas, e o professor foi preso, sendo encaminhado para a delegacia de Polícia Civil.
A Tribuna entrou em contato com a defesa do docente, que afirmou que, nesta segunda, não conseguiu ter acesso ao processo e, só depois de ter ciência a respeito de todo o relatório do indiciamento, irá se pronunciar.
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