Mulher é encontrada morta pelo filho


Por Sandra Zanella

17/10/2016 às 12h12- Atualizada 18/10/2016 às 11h09

Atualizada em 18/10 às 10h23

Uma mulher de 43 anos foi encontrada morta, na manhã desta segunda-feira (17), dentro do apartamento onde ela morava na Rua Fausto Machado, no Bairro São Sebastião, na Zona Leste de Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar, Rosana Aparecida da Cruz residia no último andar de um prédio de três pavimentos e foi achada pelo próprio filho, 26, caída ao lado da cama ensanguentada. Ela apresentava um corte extenso no rosto e outro no pescoço.

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O filho da vítima relatou à PM que havia estado na residência da mãe na última sexta-feira. Ele teria deixado algumas roupas para lavar e retornou na manhã de ontem, quando encontrou a mãe assassinada. Já na escada de acesso ao apartamento, ele estranhou um sofá atravessado e várias coisas espalhadas. A porta da casa também estava aberta, sendo que a moradora sempre tinha o cuidado de trancá-la.

Mesmo vendo sua mãe ensanguentada, o filho ainda tinha esperança de que ela estivesse viva e tentou sacudi-la.Ao perceber que ela não reagia aos estímulos, ele acionou a PM. A perícia da Polícia Civil realizou os levantamentos no local, e o corpo foi encaminhado para necropsia no Instituto Médico Legal (IML).

Um dos suspeitos do homicídio seria o companheiro da mulher, com quem ela teria desentendimentos verbais frequentes. Mas a polícia também identificou outros possíveis envolvidos. Um homem, 40, seria novo morador do edifício e acabou detido após ser flagrado com uma pedra de crack. Outro suspeito abordado, 38, foi pego em flagrante com um papelote de cocaína. Várias viaturas foram mobilizadas no rastreamento. A Delegacia Especializada de Homicídios vai investigar o caso.

Violência
Vizinhos relataram que a mulher morava de aluguel há cerca de cinco anos no local e era uma pessoa querida na região. O prédio onde a vítima residia, no entanto, seria frequentado por usuários de drogas e, conforme os moradores da área, também estaria em estado de abandono, com acúmulo de lixo e sem energia elétrica.

A crescente violência naquela região também foi exposta pelos vizinhos. Uma idosa, 74, mora há mais de 40 anos na Fausto Machado e disse que a criminalidade piorou muito, principalmente nos últimos dez anos. “Quando construímos a casa à luz de velas, não tínhamos energia e nem água. Agora temos tudo, mas não temos prazer. Não podemos deixar as crianças brincarem na rua e também temos medo de sair à noite”, desabafou. Segundo ela, é comum a passagem de motociclistas com caronas exibindo armas. Uma bala também já entrou no quarto dela durante tiroteio.

A moradora disse ter ficado muito abalada com a morte da vizinha. “Acabou com o dia da gente.” Ela viu o filho da vítima em desespero após a descoberta do assassinato. “Ele trabalha como cobrador de ônibus. Quando chegou para visitá-la, encontrou-a caída no chão ensanguentada. Ele sentou na calçada, começou a chorar e ligou para a polícia.”

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