Chuvas de janeiro estão dentro da média histórica


Por Eduardo Valente

15/01/2016 às 19h30- Atualizada 15/01/2016 às 19h49

Janeiro tem apresentado volume de chuvas dentro da média histórica de precipitações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Até esta sexta (15), às 18h, foram 160,4 milímetros, o que corresponde a 53,5% do esperado para todo o mês, que são 299,8 milímetros. O volume de chuvas dos últimos meses impressiona os juiz-foranos, pois o último período de instabilidade, entre outubro de 2014 e março de 2015, teve comportamento atípico, com acumulados abaixo do previsto.

Consequência das chuvas regulares pode ser observada nos mananciais que abastecem a cidade que, no entanto, ainda estão em níveis aquém do esperado. A situação acompanhada mais de perto pela Cesama é a da Represa João Penido, de onde ainda sai a maior parte do recurso distribuído para a cidade. Nesta sexta, seu nível de acumulação era de 54,2%, sendo que, um ano antes, seu índice estava em 31,7%. Mas no fim de janeiro de 2014, por exemplo, o manancial estava 91,22% preenchido. Justamente pela necessidade de recuperar esta represa, a Cesama mantém o alerta e pede a população para fazer o uso racional da água. São Pedro, nesta sexta, estava 96,7% cheia, e Chapéu D’Uvas, 62,6%.

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Se por um lado os dias contínuos de precipitações são favoráveis à recuperação das represas, por outro eles são sinônimo de transtornos. Nesta sexta, a Defesa Civil registrou 13 ocorrências na cidade, mas nenhuma foi considerada de destaque. Uma delas foi a queda parcial de um barranco em um lote vago da Rua Luiz Rocha, no Eldorado, Zona Nordeste. Segundo a Prefeitura, os engenheiros da Defesa Civil estiveram no local no período da manhã e também à tarde, e continuam monitorando a situação. O talude que cedeu, ainda conforme o órgão, não colocou moradias do entorno em risco. No total, foram nove atendimentos na Zona Norte, dois na Sudeste, um na Leste e outro na Nordeste. As principais causas foram orientações técnicas (9), escorregamentos de talude (3) e ameaça de queda de árvore (1).

Além destes casos, pontos de alagamentos foram observados em várias regiões. No Bairro Industrial, Zona Norte, o atendimento da Unidade de Atenção Primária à Saúde (Uaps) precisou ser suspenso após a forte chuva do fim da manhã. De acordo com relatos de testemunhas, a unidade ficou alagada, comprometendo seu funcionamento. Conforme a Secretaria de Saúde, uma equipe de limpeza foi deslocada para o local para a higienização do espaço. A previsão é que a Uaps volte a funcionar normalmente na segunda-feira (18).

Em outros pontos da cidade, as redes de captação de água pluvial das ruas não conseguiram dar conta da vazão, causando alguns alagamentos em vias públicas. Isso aconteceu, por exemplo, na Avenida dos Andradas, Centro; em ruas dos bairros Cerâmica, Francisco Bernardino e na Avenida JK, região Norte; e também na Rua Benjamin Guimarães, Bairro Democrata, Zona Nordeste.

Fim de semana
A instabilidade permanece durante o fim de semana e é resultado, segundo o Inmet, da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), responsável por trazer grande carga de umidade da região da Amazônia para a região Sudeste do país. Neste sábado (16) ,a máxima prevista é de 27 graus, com céu nublado a parcialmente nublado e pancadas de chuvas a qualquer hora do dia. No domingo, o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) mantém o alerta para as chuvas, com termômetros entre 14 e 25 graus.

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