Edital de reforma do Delfim Moreira pode ser lançado até fim de abril

Documento está sob responsabilidade do DEER; ainda não há definição de valores da obra


Por Rafaela Carvalho

14/03/2018 às 07h00- Atualizada 14/03/2018 às 20h29

Sinde-UTE e Comissão de Defesa da Reforma Delfim Moreira vão cobrar do Governo estadual uma definição sobre o cronograma da obra (Foto: Marcelo Ribeiro)

O governador Fernando Pimentel (PT) autorizou, neste mês, a elaboração do edital para reforma e restauração do Palacete Santa Mafalda, como é conhecido o prédio sede da Escola Estadual Delfim Moreira, conhecido como Grupo Central, localizado na Avenida Rio Branco, esquina com a Braz Bernardino. A previsão é de que o edital seja publicado até o final de abril, quando terá início o processo de licitação que pode dar fim ao impasse de cinco anos sobre a reforma do prédio, tombado pelo patrimônio histórico municipal.

Procurada pela Tribuna para fornecer datas e valores sobre as obras, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio de nota, que o edital é de responsabilidade do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG). O projeto arquitetônico de revitalização do prédio já foi finalizado e entregue ao órgão, e a obra será fundamentada em cima do projeto, que teve um custo de R$ 262 mil.

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Ainda conforme a secretaria, o DEER trabalha, atualmente, na elaboração do orçamento do projeto para confecção do edital, a ser publicado até o final de abril deste ano. Conforme a assessoria da pasta, somente após esta etapa é que será possível prever o custo total e o cronograma da obra, assim como as intervenções que devem ser feitas.

O Palacete Santa Mafalda é alvo de polêmicas desde 2013, quando foram constatados problemas de estrutura na edificação. Na ocasião, as atividades da escola foram transferidas temporariamente para um prédio localizado na Rua Santo Antônio. Desde então, o palacete centenário tem sofrido deterioração externa, sem que nenhuma intervenção seja realizada. Apesar da mudança, professores, funcionários e alunos têm se mobilizado para exigir a reforma do imóvel, visto que o prédio provisório onde a escola funciona hoje também apresenta problemas e seria menor do que o necessário para comportar a escola.
Prazos
O Sind-UTE e a Comissão de Defesa da Reforma da Escola Delfim Moreira vão cobrar do Governo estadual uma definição sobre o cronograma da obra. Conforme o diretor do sindicato e integrante da comissão, Givanildo Guimarães, o grupo vai participar de uma reunião nesta quarta-feira (14). “Recebemos essa notícia como uma vitória dos trabalhadores e alunos da escola, que não pararam de cobrar. Mas nos preocupamos com uma possível morosidade do processo. Há cinco anos pagamos um aluguel absurdo de R$ 44 mil mensais, por isso queremos prazos para que tudo seja executado com urgência. Não dá para falar que a obra vai começar e, com as eleições, tudo voltar a ficar parado”, afirma.

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