Centros de hidratação contra dengue serão fechados


Por Kelly Diniz

12/05/2016 às 18h35- Atualizada 13/05/2016 às 09h23

Atualizada às 19h13

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Elizabeth Jucá ressaltou que 22 supervisores de agentes de endemias serão nomeados (Foto: Fernando Priamo/12-05/16)

A Secretaria de Saúde anunciou, na tarde desta quinta-feira (12), o encerramento das atividades dos centros de hidratação contra a dengue, após a queda nos atendimentos realizados nas unidades e redução do número de notificações de dengue. No entanto, a secretária de Saúde, Elizabeth Jucá, ressaltou que toda a rede pública de saúde do município está preparada para receber qualquer demanda das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Ela destacou ainda que os centros de hidratação atendiam apenas casos leves. As ocorrências graves eram encaminhadas para a rede hospitalar. A sala de operação também será fechada, e os homens do Exército serão retirados das atividades de combate à dengue. Mesmo com a redução dos índices, a secretária ressalta a importância de a população manter a vigilância contra o mosquito, realizando a limpeza das casas toda semana, durante dez minutos. “O Comitê Municipal de Enfrentamento à Dengue será permanente, realizando reuniões mensais e elaborando ações preventivas.”

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O Centro de Hidratação do PAM-Andradas iniciou as atividades no dia 15 de fevereiro e tinha previsão de funcionamento durante 90 dias. Assim, seu fechamento ocorrerá no próximo domingo. A unidade chegou a atender 350 pessoas por dia no pico da epidemia. Atualmente, conforme a Secretaria de Saúde, há queda no número de pessoas que buscam o centro, que tem realizado uma média de 60 atendimentos por dia. Já o Centro de Hidratação de Benfica, na Zona Norte, começou os trabalhos no dia 29 de fevereiro. A unidade, que chegou a atender 160 casos por dia, tem realizado 50 atendimentos diariamente. A unidade irá encerrar as atividades no dia 28 de maio. “A abertura dos centros de hidratação foi essencial para a assistência. Se não tivesse ocorrido, haveria um colapso na rede de saúde do município”, enfatiza o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida.

Um decreto irá nomear 22 supervisores de agentes de endemias, demanda antiga questionada pelo Ministério Público e pela Superintendência Regional de Saúde. Os profissionais devem ser nomeados em breve, conforme Jucá. “Eles irão realizar a supervisão de campo, possibilitando a melhoria dos trabalhos e o alcance das metas. Também vamos ter melhorias nos equipamentos utilizados e nas condições de trabalho”, afirma o subsecretário. A sala de operação será desativada no próximo dia 30, mas as denúncias continuarão a ser recebidas pelo 199, que estará disponível na Defesa Civil.

Mortes
Vinte e três pessoas tiveram a morte por dengue confirmada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). Conforme Rodrigo Almeida, outras seis mortes estão em investigação. Segundo levantamento realizado pela Tribuna nos cartórios da cidade, mais outras oito pessoas faleceram com suspeita da doença. Conforme o infectologista do Departamento de Vigilância Epidemiológica, Marcos Moura, o número de óbitos na cidade, apesar de alto, está abaixo das estatísticas. “Quando há epidemia de doença letal, como a dengue, há uma estatística que prevê que 10% dos casos serão graves e 0,3% irão evoluir para óbito.” Assim, levando-se em consideração essa estatística, dos 12.500 casos notificados no município, cerca de 1.250 seriam graves e o padrão da epidemia levaria a 37 mortes.

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