Minas ainda não tem confirmação de zika


Por Guilherme Arêas

09/01/2016 às 07h00- Atualizada 11/01/2016 às 12h00

Apesar dos rumores sobre casos de zika vírus em Juiz de Fora, a presença da doença não foi constatada até o momento. Nos últimos dias, leitores relataram à Tribuna que, por apresentarem sintomas característicos à doença, médicos teriam dito que havia a possibilidade de elas estarem infectadas com o zika. Contudo não há, até agora, a confirmação de nenhum caso de febre pelo vírus em Minas Gerais. Conforme o último boletim da Secretaria de Estado de Saúde (SES), existem 28 notificações no estado, sendo 20 deles em investigação, oito descartados e nenhum confirmado. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida, nenhuma dessas suspeitas é de Juiz de Fora.

Uma leitora informou ter procurado atendimento médico com dores no corpo, quando foi diagnosticada com dengue. No entanto, com o passar dos dias, os sintomas foram piorando, e ela começou a sentir dores muito fortes nos rins, na região lombar e no quadril. A mulher voltou ao médico, que teria dito que ela apresentava sintomas do zika. Atualmente, não existem na cidade laboratórios de referência para realizar os exames que fazem o diagnóstico do vírus. Os casos de Minas estão sendo encaminhados para análise na Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro.

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A SES informou também que, para detectar a circulação do zika, foram implantadas unidades sentinelas, em regiões estratégicas, para constatar a circulação precoce do vírus e autoctonia dos casos. Em Juiz de Fora, a Santa Casa de Misericórdia é uma delas e está responsável pelo atendimento às suspeitas de caso de microcefalia. Segundo Rodrigo, o hospital também não recebeu nenhum atendimento de grávidas com suspeita da doença.

O zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus zika e a microcefalia. As investigações sobre o tema, entretanto, continuam em andamento para esclarecer questões como a transmissão desse agente, atuação no organismo humano, infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

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