Mãe descobre estupro da filha de 12 anos após checar aplicativo

Mensagens postadas em grupos do WhatsApp tinham conteúdos pornográficos


Por Sandra Zanella

07/06/2018 às 12h45

A Polícia Civil vai investigar um caso de estupro de vulnerável envolvendo uma garota de 12 anos, moradora da Cidade Alta, em Juiz de Fora. O crime foi descoberto na quarta-feira (6), um dia após a mãe da vítima, uma auxiliar de serviços gerais, 33, verificar no celular da filha mensagens em grupos do aplicativo WhatsApp. A mulher encontrou conteúdos pornográficos, incluindo imagens e vídeos expondo órgãos genitais e cenas de sexo. As conversas também sugeriam haver relações sexuais entre os participantes. Ao ser questionada pela responsável, no entanto, a adolescente fugiu de casa e passou a noite fora. Ela foi encontrada no dia seguinte, quando foi vista por um parente no Campus da UFJF.

A Polícia Militar foi acionada diante da suspeita de que a garota estava sendo abusada – manter qualquer relação sexual com menor de 14 anos é considerado estupro de vulnerável, conforme o artigo 217, da Lei de Crimes Sexuais, com pena de oito a 15 anos de reclusão. Junto com a filha, a mãe compareceu à 99ª Companhia da PM, no São Pedro. Ela afirmou ter tentado conversar com a adolescente para saber o que de fato estava acontecendo, mas contou que elas acabaram brigando. A mulher acrescentou ter checado o celular da garota após ouvir comentários de que ela poderia estar grávida.

PUBLICIDADE

Militares conversaram com a jovem para tentar desvendar o crime, mas, segundo o boletim de ocorrência, ela disse apenas ter passado a noite na varanda da casa de uma amiga. Os policiais providenciaram atendimento médico no HPS, conforme o Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos). De acordo com a PM, os exames constataram conjunção carnal recente.

Ainda segundo a polícia, apesar de aceitar passar pelos procedimentos no hospital, inicialmente a vítima disse não querer voltar para casa, porque estaria cansada de ouvir que “só causava problemas” para seus pais. O Conselho Tutelar chegou a ser acionado para acompanhar o caso, mas a adolescente retornou para sua residência. Ela não revelou com quem teria mantido relação sexual, afirmando apenas se tratar de um amigo. Nenhum suspeito foi encontrado, e o caso seguiu para investigação na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.