Fundação HU confirma saída de Hospital de Santos Dumont


Por Kelly Diniz

07/04/2015 às 20h00

 

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A Fundação de Apoio ao Hospital Universitário (Fundação HU) da UFJF confirmou, na noite desta terça-feira (7), que está deixando a gestão do Hospital de Misericórdia de Santos Dumont, “por motivos de término de contrato, sendo quaisquer detalhes sobre o hospital de responsabilidade total dos novos gestores”. A gestão volta provisoriamente para o Egrégio Conselho, que administra a instituição. Além disso, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) não renovou o convênio com o hospital, o que dificulta a continuidade das atividades da unidade.

De acordo com o provedor da instituição, Marcos Barreto, a administração está aguardando reunião com a SES para tentar restabelecer o convênio. “O hospital está com uma dívida alta  e tem uma grande quantidade de funcionários. Sem o convênio com a secretaria, não há como a unidade funcionar. Nós temos um custeio operacional de cerca de R$ 1 milhão. O nosso faturamento é de R$ 450 mil. O restante, cerca de 590 mil, era repassado pela SES. Na semana que vem, temos uma reunião marcada em Belo Horizonte e teremos um posicionamento se o hospital irá fechar ou continuar.”

Em nota, a SES alegou que ” nesse contrato foi firmada a obrigatoriedade de adequação dos leitos da instituição para 100% SUS no prazo de um ano, prerrogativa não cumprida pelo hospital. Dessa forma, foi comunicado aos gestores da instituição a inviabilidade de renovação do contrato para 2015.”

Já o prefeito de Santos Dumont, Carlos Alberto Faria, afirmou que a Prefeitura não tem condições de custear a unidade, mas que poderá ajudar com R$ 70 mil mensais, valor insuficiente para a manutenção do funcionamento do hospital. No dia 31, os moradores da cidade realizaram uma manifestação para alertar autoridades das consequências do fechamento da instituição. Eles chegaram a interditar a BR-040 por cerca de 20 minutos.

No último dia 31, a Fundação realizou a Prestação de Contas junto à instituição, apresentando dados referentes ao período de gestão, iniciado em 2012. “Na oportunidade, a atual gestora apontou as dificuldades encontradas durante a gestão, em sua maioria concentradas nos atrasos dos repasses e suas conseqüências para o atendimento”, informou em nota.

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