Entenda os dados utilizados no especial Vidas perdidas


Por Tribuna

07/01/2018 às 07h00

Ao longo dos últimos anos, a Tribuna de Minas registra cotidianamente os homicídios na cidade. O levantamento é feito com base nas informações repassadas pelos órgãos de segurança pública e apurações feitas pela nossa equipe junto às instituições de saúde. A estatística leva em conta não só os assassinatos registrados pela Polícia Militar, mas também os óbitos ocorridos em hospitais posteriormente aos crimes, mas em decorrência deles, incluindo casos investigados como latrocínio (roubo seguido de morte) e feminicídio.

Quando duas ou mais pessoas são vítimas de homicídio no mesmo episódio, cada uma delas é registrada individualmente, ao contrário das ocorrências e dos inquéritos policiais, abertos por cada crime. Entretanto, a conexão das vítimas que faleceram no mesmo fato é preservada em nossa base. O levantamento difere do realizado pela PM, que contabiliza as ocorrências dos homicídios consumados na hora ou durante a confecção do Registro de Eventos de Defesa Social (Reds). No cenário nacional, também distingue do levantamento feito no “Atlas da Violência”, no qual são consideradas informações disponibilizadas no Sistema de Informações sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, organizado de acordo com a ocorrência dos óbitos, e não a residência das vítimas.

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No Brasil e no mundo, não existe uma padronização sobre o que deve ser considerado ou não no cálculo. Enquanto São Paulo contabiliza de acordo com o número de casos, o Rio de Janeiro considera o número de vítimas, por exemplo. Isso faz com que possíveis comparações entre base de dados fiquem, em muitos dos casos, distorcidas.

Os dados compilados pela Tribuna permitem saber o número mais próximo do real de óbitos por violência em Juiz de Fora. Isso possibilita uma investigação mais profunda sobre as raízes da criminalidade, a partir de dados como nome da vítima, localização, idade, gênero e meio utilizado no crime, configurando assim uma importante ferramenta para a formulação de políticas públicas.

No especial “Vidas perdidas – um raio-x dos homicídios em JF”, potencializamos a capacidade de nossa base de dados, mostrando ao leitor um levantamento minucioso dos homicídios registrados nos últimos anos. Com uso da geolocalização, identificamos em um mapa interativo as ruas e bairros com maior número de óbitos, que demonstram quais são as zonas quentes dos homicídios em nossa cidade.

A localização é estimada, ou seja, não é o local exato onde o crime aconteceu. Por isso, algumas considerações devem ser feitas: em caso de esquinas, optamos pelo registro da primeira rua citada em nossos registros (por exemplo, esquina da Rua Araxá com Avenida Agilberto Costa – homicídio marcado na Rua Araxá); para bairros, o registro foi feito com relação ao bairro registrado pela Polícia Militar em seus documentos; para regiões da cidade, utilizamos a listagem disponibilizada pela Prefeitura de Juiz de Fora e que utilizamos em todas as nossas matérias. Para conferir, clique aqui

Clique aqui e confira mapa interativo de ruas e bairros com maior número de homicídios

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