PRF teme segurança de usuários em trevo improvisado no acesso ao Aeroporto Regional

Tribuna percorreu nova rodovia, que liga BR-040 à MG-353 e já é utilizada por veículos de carga para evitar o perímetro urbano de JF


Por Eduardo Valente

06/12/2017 às 07h00- Atualizada 06/12/2017 às 18h31

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Motorista faz conversão irregular em trevo recém-aberto na altura da Barreira do Triunfo; confira a sequência (Foto: Fernando Priamo)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) considera perigosa a abertura do trevo de acesso entre as rodovias MG-353 e BR-040, na altura da Barreira do Triunfo. O órgão deve procurar o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DEER/MG ), nesta quarta-feira, para verificar se existe mesmo a necessidade de se manter o trevo provisório aberto. Conforme o chefe do Núcleo de Policiamento e Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Leonardo Facio, a corporação “teme pela segurança do usuário caso seja mantido o acesso aberto do jeito que está”. Nesta terça, segundo ele, foi feito contato com a Concer, que informou da necessidade de o departamento fazer obras do novo trevo para a liberação definitiva do acesso. Mas como a Tribuna já adiantou, esta intervenção deverá ser feita após licitação pública, cujo edital será publicado no início de 2018. “O convênio assinado ainda não resolve a questão da segurança, apenas esta obra definitiva. E não é algo rápido de se fazer. Orientamos aos condutores prudência ao passar pelo trecho”, disse Facio.

O trevo provisório que possibilita acessar a MG-353 foi aberto pelo DEER/MG, embora ainda seja necessária assinatura de convênio com a Concer, como determinou a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), trâmite que ainda não foi formalizado. A informação é que o departamento aguarda o envio do documento por parte da concessionária, o que ainda não havia ocorrido até o fim da tarde desta terça-feira (5). Mesmo assim, o departamento não se manifestou se irá manter o acesso aberto. A concessionária, por sua vez, informou em nota que está em entendimentos com o DEER/MG e monitora o tráfego da nova ligação rodoviária por meio do seu circuito de câmeras.

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A Tribuna voltou ao local nesta terça-feira (5) e observou o risco iminente de acidentes na interseção, pois o trevo provisório não permite a ligação direta da rodovia BR-040 com o novo acesso, exigindo dos condutores uma manobra na Avenida JK, na Barreira do Triunfo, Zona Norte. Em poucos minutos, diversas conversões irregulares foram flagradas pela reportagem. Sem contar que o degrau que impedia entrar na nova estrada foi corrigido com terra. Sobre isso, o DEER/MG garantiu que será colocada uma camada de asfalto no espaço para evitar riscos durante as chuvas.

Além disso, quem sai do novo acesso para a malha federal só pode seguir em direção a Belo Horizonte. O primeiro retorno possível é no pátio de um posto de combustíveis, o que causou um aumento inesperado no fluxo no estabelecimento. Na avaliação do DEER/MG, “o trevo provisório está sinalizado adequadamente para garantir a segurança dos usuários e a perfeita circulação dos veículos”, acrescentando que o acesso em direção ao Rio só será estabelecido no trevo definitivo, que ainda será construído.

Condutores comemoram

Se por um lado a segurança no trevo é preocupação, por outro a abertura do acesso representou alívio para os condutores. O jornal fez o trajeto nesta terça-feira na nova estrada, oficialmente chamada de AMG-3085. Os cerca de 13 quilômetros foram vencidos em aproximadamente 12 minutos, mantendo a velocidade regulamentar de 80 quilômetros por hora. A pista é simples e existem poucos pontos seguros de ultrapassagem. Chamou atenção, porém, o fato de algumas curvas fechadas, próximas a propriedades limítrofes, estarem desprotegidas de defensas metálicas. A pavimentação, nova, se mantém em perfeito estado, apesar das últimas chuvas. De acordo com o DEER/MG, “as obras seguiram todas as normas de segurança do projeto”.

De acordo com caminhoneiros, o acesso à BR-040 anteriormente, passando por dentro de Juiz de Fora, era alcançado após percorrer cerca de 40 quilômetros, em um período que ultrapassava uma hora e 30 minutos em horários de pico. “Melhorou muito. Passar por dentro de Juiz de Fora, para nós, era uma tragédia”, disse o motorista João da Silva Souza, que seguia de Viçosa para o interior de São Paulo.

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