Intervenção no Calçadão desperta a curiosidade


Por Guilherme Arêas

06/11/2015 às 19h23- Atualizada 06/11/2015 às 19h27

"Venha apreciar a Halfeld. Sente-se", diz uma das intervenções feitas pelos estudantes (Foto: Géssica Leine/Divulgação UFJF)
“Venha apreciar a Halfeld. Sente-se”, diz uma das intervenções feitas pelos estudantes (Foto: Géssica Leine/Divulgação UFJF)

Quem passou nesta sexta-feira (6) pelo Calçadão da Halfeld, no Centro, deparou-se com uma intervenção curiosa. Com diferentes dinâmicas, os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF buscaram chamar a atenção para as características do patrimônio da cidade. Durante a manhã e a tarde, foram apresentadas atividades lúdicas, como a simulação de um smartphone, instalado em frente ao Cine-Theatro Central, onde as pessoas podiam fazer uma selfie em um espelho. Noutro ponto, os transeuntes eram convidados a se deitar sobre uma espreguiçadeira, de onde poderiam apreciar, com calma, os edifícios que compõem o conjunto arquitetônico central.

Ação foi realizada por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (Foto: Fernando Priamo/06-11-15)
Ação foi realizada por alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (Foto: Fernando Priamo/06-11-15)

“Isso desperta nas pessoas uma visão mais atenta do patrimônio, inclusive aguçando outros sentidos, como o olfato, a audição, o tato. E assim torná-las mais observadoras”, explica a professora Mônica Olender. A proposta foi desenvolvida pelos alunos das disciplinas de Projeto em Patrimônio Cultural e Técnicas Retrospectivas, divididos em 13 grupos. Cada um dos grupos propôs uma atividade lúdica com a finalidade de interagir com os pedestres.

PUBLICIDADE
Intervenções buscaram chamar a atenção para as características do patrimônio da cidade (Fotos: Géssica Leine/Divulgação UFJF e Fernando Priamo)
Intervenções buscaram chamar a atenção para as características do patrimônio da cidade (Fotos: Géssica Leine/Divulgação UFJF e Fernando Priamo)

Pessoas de todas as idades puderam compartilhar da iniciativa. A estudante Yara Neves, 23 anos, se encantou com a forma como foi trabalhada a percepção. “Acho que hoje as pessoas precisam parar mais para conversar. Afinal todo mundo tem uma história para contar sobre a cidade. Todo mundo conhece o calçadão e, quando alguém proporciona essa interação, essas histórias aparecem. E as histórias acompanham a individualidade de cada um”, conclui. Os alunos inspiraram-se nos exemplos de ocupações urbanas conscientes que ocorreram em outras cidades do Brasil e do mundo. Para conhecer mais sobre o trabalho, basta acessar a página “A rua é nossa JF”, no Facebook.

Os comentários nas postagens e os conteúdos dos colunistas não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é exclusiva dos autores das mensagens. A Tribuna reserva-se o direito de excluir comentários que contenham insultos e ameaças a seus jornalistas, bem como xingamentos, injúrias e agressões a terceiros. Mensagens de conteúdo homofóbico, racista, xenofóbico e que propaguem discursos de ódio e/ou informações falsas também não serão toleradas. A infração reiterada da política de comunicação da Tribuna levará à exclusão permanente do responsável pelos comentários.