Dois réus são julgados por homicídio de mulher em Paula Lima


Por Sandra Zanella

05/02/2016 às 12h14- Atualizada 05/02/2016 às 12h39

Leonardo Costa 05-02-16
Trabalhos começaram as 10h e não têm hora para acabar (Foto: Leonardo Costa/05-02-16)

Começou na manhã desta sexta-feira (5), no Tribunal do Júri, o julgamento de dois réus, de 23 e 31 anos, acusados, respectivamente, de serem o executor e o mandante do assassinato da atendente de telemarketing Andressa Aparecida Minervino Hauck, 26. Ela foi morta a tiros na noite do dia 30 de julho de 2013. A vítima havia acabado de

desembarcar de um ônibus e seguia a pé para casa, em Paula Lima, na Zona Rural, quando foi surpreendida por um homem de bicicleta, que disparou seis vezes em sua direção. Familiares ainda tentaram socorrê-la, mas a mulher já teria chegado morta na UPA Norte.

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Conforme a denúncia do Ministério Público, os réus são acusados de homicídio qualificado por motivos torpe, fútil e sem chance de defesa da vítima. A primeira qualificação decorre de que o homem teria pago ao jovem certa quantia para matar Andressa. Para o MP, o crime ocorreu também por motivo fútil, porque o mandante “não aceitava a recusa da vítima em continuar mantendo um relacionamento amoroso com ele, já que era casada”. Por fim, foi utilizado recurso que dificultou a defesa da vítima, “visto que os disparos se deram quando ela descia do ônibus, não podendo esperar por ataque daquela brutalidade, não havendo meios para se defender”.

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O julgamento é presidido pelo juiz Paulo Tristão e teve início às 10h, com os sete jurados presentes, além dos réus, que respondem presos pelo crime. O auditório ficou vazio nas primeiras horas e, segundo o marido de Andressa na época, Leonardo Hauck, 39, familiares preferiram não comparecer. “Ninguém gosta de ficar lembrando o que aconteceu, é muito difícil reviver essa história.” Para o técnico de laboratório, a expectativa é de que os acusados peguem pena máxima. “Foi uma covardia o que fizeram.” O casal ficou junto por seis anos e não teve filhos.

Ainda não há previsão para o término do julgamento relacionado ao homicídio de Andressa. O crime chocou moradores da localidade de Paula Lima, considerada pacata, e revoltou parentes e amigos da mulher, que não teve chance de se defender.

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