PT continua mobilizado em Curitiba e faz reunião para reafirmar candidatura Lula

De 700 a mil pessoas, segundo estimativa da PM, fazem a vigília de apoio ao ex-presidente


Por Agência Estado

09/04/2018 às 08h17- Atualizada 09/04/2018 às 08h19

Com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba desde a noite de sábado (7), os apoiadores do petista aguardam a vinda de mais manifestantes para a área onde estão concentrados próximo ao prédio da PF.

Ao mesmo tempo, esta segunda-feira (9) deve ser marcada pelas discussões do PT sobre os próximos passos a serem dados na tentativa de livrar Lula da prisão e insistir na manutenção da pré-candidatura do ex-presidente ao Planalto.

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A legenda reúne sua Executiva Nacional na sede estadual do partido no Paraná a partir das 14h. No domingo (8), a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que o último recurso de Lula no âmbito judicial estará no Supremo Tribunal Federal (STF). A pressão está sobre a ministra Rosa Weber, que pode inverter um placar e votar contra a possibilidade de prisão após segunda instância na próxima quarta-feira (11).

Enquanto isso, dois advogados de Lula que estão na capital paranaense, Cristiano Zanin Martins e Sigmaringa Seixas, fazem interlocução direta com o petista. Os aliados começarão uma negociação para que Lula possa receber visitas de parlamentares

Nesta segunda-feira, há expediente normal na Superintendência da Polícia Federal. A Polícia Militar, que isola o entorno do prédio, pedirá documentos comprovando o agendamento de serviços, como a retirada de passaportes, para que visitantes acessem ao local. A Justiça proibiu manifestantes de ficarem na área e impedirem o trânsito de pessoas.

 

Polícia Militar isolou o entorno do prédio da PF para evitar invasão de militantes (Foto: fotospublicas.com)

Vigília de apoio a Lula em Curitiba já reúne 700 a mil pessoas

Os militantes que fazem a vigília de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) somavam um grupo de aproximadamente 700 a mil pessoas por volta das 21h deste domingo, segundo estimativa informal realizada por policiais militares, que trabalham no monitoramento do grupo.

A instituição, entretanto, não divulgou um balanço oficial sobre o tamanho da manifestação. Os apoiadores estão concentrados em uma área que fica a 100 metros do prédio da Polícia Federal em Curitiba, onde foi montada uma faixa de isolamento para evitar tumultos.

Pela tarde, a presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), senadora Gleisi Hoffmann, disse que os militantes que cobram a liberdade de Lula permanecerão no local por prazo indeterminado. “Não vamos sair daqui enquanto Lula não sair”, afirmou Gleisi, durante entrevista coletiva.

Ela também demandou uma sindicância para investigar a ação da Polícia Federal na noite de sábado, quando os apoiadores do ex-presidente foram dispersados com uso de bombas de gás. “Vai ser muito difícil tirar a gente daqui”, emendou a senadora.

‘Manda esse lixo janela abaixo’

A comunicação do voo que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de Congonhas, em São Paulo, para o Aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, foi interrompida por vozes não identificadas que pediam ao piloto do avião: “leva e não traz nunca mais”; “manda esse lixo janela abaixo”. Os comentários que xingavam o petista foram vazados e circularam neste domingo nas redes sociais.

A Força Aérea Brasileira (FAB) confirmou, pelo Twitter, que os áudios são verdadeiros e foram captados entre a Torre Congonhas, em São Paulo, e a Torre Bacacheri, em Curitiba. No entanto, a instituição informou que as vozes não são de controladores de voo.

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A FAB ressaltou que a frequência utilizada para essas comunicações é aberta. Segundo a Força Aérea, as regras de tráfego orientam os usuários a se identificarem, o que não ocorreu nesse caso. “Lamentavelmente, na gravação em questão, a frequência foi utilizada de modo inadequado por alguns usuários que se valeram do anonimato para contrariar essas regras”, comunicou a nota.

Lula foi levado em um monomotor Cessna Caravan para o Paraná, onde cumpre pena na Superintendência da Polícia Federal por corrupção e lavagem de dinheiro.

 

 

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