Veja como escolher o melhor ar-condicionado para cada ambiente

Escolha deve levar em consideração modelo, valor e capacidade do aparelho


Por Bárbara Riolino

28/01/2018 às 07h00

Soluções arquitetônicas ajudam a disfarçar aparelho de ar condicionado (Foto: Casa de Valentina/ Divulgação)

Quando ventiladores não são mais suficientes para aplacar as altas temperaturas – o que vem acontecendo com frequência nos últimos tempos -, a primeira opção que vem à cabeça é o ar-condicionado. Confira qual o aparelho ideal para cada ambiente, levando-se em consideração modelo, valor e capacidade.

Segundo o engenheiro mecânico Luiz Scalise, é preciso verificar se há espaço para a unidade externa do aparelho, já que os modelos convencionais, como o split, são divididos em duas partes, a evaporadora, que é colocada onde precisa ser resfriado, e a condensadora, que fica na parte externa, pois necessita de ventilação.”Outro ponto é com relação ao período do uso: se será ligado durante o dia ou à noite. O consumo pode impactar cerca de 25% na conta de energia”, destaca Luiz, acrescentando que a instalação deve acontecer, preferencialmente, antes de finalizar a obra ou a reforma.

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Mesmo se durante a obra, ou a reforma, não couber no orçamento a instalação dos equipamentos, a arquiteta Marcella Peixoto sugere deixar prevista uma infraestrutura para ar-condicionado. É uma atitude que pode evita novas obras e gastos futuros. “É importante prever também qual será a posição dos equipamentos externos, pensando na facilidade de manutenção e minimizando a interferência estética na fachada”.

 

Soluções arquitetônicas ajudam a disfarçar aparelho de ar condicionado (Foto: Casa de Valentina/ Divulgação)

Onde instalar

Para que o ar-condicionado funcione corretamente, ele precisa ser posicionado de forma central, para que o ar refrigerado seja distribuído por igual e, também, de forma que a ventilação não incida diretamente sobre as pessoas. “No quarto, o ideal é que fique sobre a cabeceira da cama, e, na sala, em cima do sofá. Não é interessante que ele seja diretamente exposto à luz do sol, pois isto irá aumentar seu consumo de energia. Eventualmente o aparelho pode pingar, então, é bom evitar a instalação próxima de aparelhos eletrônicos”, ressalta Marcella.

De olho na estética

Por mais discretos ou menores que sejam, os aparelhos de ar-condicionado acabam chamando atenção dentro de um ambiente. A solução para disfarçá-los, segundo a arquiteta Marcella Peixoto, é investir em móveis sob medida. As opções são as mais diversas possíveis, como estantes, com ou sem fechamento em portas, ou painéis ripados.

“Outra sugestão é evitar a criação de contrastes entre o split e a parede, pois eles podem dar ainda mais destaque. Ao optar por aparelhos brancos, dê preferência a revestimentos claros. Em splits pretos ou prateados, use revestimentos escuros”, recomenda a arquiteta, acrescentando que a regra vale para as unidades condensadoras, que ficam do lado de fora, principalmente nas varandas de apartamentos.

 

Capacidade ideal

Móvel decorativo esconde aparelho na área externa (Foto: Divulgação)

O desempenho do aparelho de ar-condicionado está relacionado à quantidade de BTUs (British Thermal Units) que possui. Quanto mais BTUs ele tiver, maior será sua capacidade de resfriar um ambiente. Para calcular a capacidade ideal, leve em conta os seguintes fatores: o número de pessoas que utilizam o espaço; as dimensões do cômodo; se a iluminação e demais eletrônicos no local geram calor; se há incidência de sol; quais atividades serão desenvolvidas. As calculadoras de BTUs podem ser encontradas nos sites dos fabricantes.

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Para se ter uma ideia, um split de 18.000 BTUs funciona bem em uma sala de aproximadamente 20 metros quadrados em um apartamento, usado geralmente por duas pessoas, que tenha TV, iluminação em LED e que pegue sol à tarde.
E conforme indicam os profissionais ouvidos para esta reportagem, é fundamental escolher aparelhos com selo de eficiência energética.

Além do split, a arquiteta destaca outros dois modelos: o ar-condicionado de janela, que é a solução intermediária em termos de facilidade de instalação e capacidade de refrigeração, e os modelos portáteis, que evitam a realização de obra para sua utilização. “Isto pode ser uma vantagem no caso de espaços alugados ou onde não é possível alterar a fachada. Em compensação, são modelos com menor capacidade de refrigeração e maior ruído, podendo ser utilizados apenas em ambientes pequenos”, observa.

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