Professor cria horta ecológica na escola Mercedes Nery


Por Tribuna

21/12/2016 às 11h20

Foto: Guilherme Augusto

Coleta de pneus e garrafas pet, plantio, irrigação e colheita. Essa tem sido a nova rotina dos estudantes da Escola Estadual Mercedes Nery, em Juiz de Fora. Foi com o intuito de cultivar a responsabilidade socioambiental na educação básica que o professor de geografia Guilherme Augusto iniciou um projeto para a criação de uma horta escolar. “É importante mostrar que, mesmo sem espaço físico para a construção de uma horta tradicional, é possível desenvolver uma horta vertical trabalhando a sustentabilidade e a alimentação saudável com os nossos alunos”, afirma Guilherme.

De acordo com o professor, a ideia de implantação da horta na escola Mercedes Nery surgiu este ano. “Já trabalhei com este projeto em outra escola na Zona Rural de Lima Duarte. Como houve uma grande aceitação por parte dos alunos, pensei em dar seguimento em outra escola.” A horta ecológica consiste em um sistema de irrigação com reaproveitamento de água da chuva, que alimenta uma horta vertical feita com garrafas pet com composto orgânico, produzido com sobras de merenda da escola, como folhas, cascas, talos e frutos.

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O projeto foi bem recebido pelos alunos no colégio, segundo o professor. Eles conseguiram arrecadar mais de 3 mil garrafas pet, 100kg de esterco animal, além de pneus, galões de água, lixo eletrônico e latas de alumínio. “O aluno em si possui uma necessidade muito grande em fazer aulas práticas, colocar a mão na massa”, observa Guilherme.

Os estudantes já fizeram o plantio de alface, couve, condimentos e folhas. As hortaliças foram plantadas em garrafas pet e galões de água. Segundo Guilherme, somente com a ajuda de todos os envolvidos isso foi possível: “Com muito empenho, utilização de recursos próprios, ajuda dos alunos, direção e coordenação escolar, junto à comunidade, apresentamos o nosso projeto”.

O professor também ressalta a ajuda do zelador, Tião, que foi um dos grandes incentivadores da implantação do projeto. “Ele fez o suporte e elaborou a tecnologia da captação de água da chuva”, realçou. O desejo de Guilherme é a continuidade do programa, já que ele está de saída da escola. “Espero que algum professor abrace o projeto junto com os alunos e a comunidade escolar.”

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