Empresas de champanhe vivem crise histórica


Por Etiene Carvalho

06/09/2020 às 17h10- Atualizada 08/09/2020 às 07h48

A bebida mais chique do planeta está encaixotada nas adegas francesas. As empresas estimam crise com uma queda de até 35% das vendas neste ano.

champagne

Gente, fiquei muito triste com a notícia que o G1 publicou essa semana e não pude deixar de compartilhar aqui com vocês! O champanhe: bebida mais glamourosa do planeta e símbolo de comemorações no mundo afora, é mais uma vítima dessa triste pandemia:( As empresas estimam uma queda de até 35% das vendas neste ano.

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“Somos uma bebida que representa a festa, a celebração, o otimismo, a alegria de viver. Não é muito compatível com um isolamento, com ficar em casa sozinho e saber que há milhares de mortes todos os dias por causa de um vírus. Não tem nada a ver”, explica Jean-Marc Barillère, copresidente do Comitê Interprofissional do Vinho de Champagne.

“Já aconteceu em outras ocasiões: quando passamos por momentos muito difíceis, o consumo de champagne e as exportações despencam, mais do que qualquer outra bebida. A mais afetada pela pandemia é o champagne“, acrescenta.

Na região francesa que representa a bebida, a crise não passa despercebida por ninguém. O comitê interprofissional estima um prejuízo de mais de € 7 bilhões!!!!!!

Eventos cancelados e adiados

Assim como a matéria cita, o impacto é distinto conforme o tamanho da produção. As menores, como a da viticultora Carole Leguillette, estão a um passo de fechar as portas. E com a quarentena, os estoques só cresceram.

Entre as grandes maisons – as grandes casas produtoras de champanhe – a situação é infelizmente preocupante, mas apesar de tudo, a resiliência é bem presente. Representantes da marca Bollinger indicam que a retomada das vendas está vindo aos poucos desde a reabertura de bares e restaurantes.

Produção em alto custo

Algo bem interessante é que o governo francês disponibilizou uma ajuda de emergência para os viticultores de todo o país pra ajudar com os prejuízos do coronavírus. Mas o que acontece é que, quando falamos de champanhe, os custos de produção são superiores aos demais tipos de vinho.

Exportações são essenciais para o champagne

Num cenário de muita incerteza do futuro, cerca de 22% das uvas valiosíssimas da Champagne serão perdidas. (Puxa! Que coisa triste saber disso, né?)

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Com base na afirmação do G1, O Brasil é o terceiro país mais atingido pelo coronavírus no mundo, mas o mercado brasileiro de champagne não é muito relevante por aqui: o país o ocupava o 31˚ lugar no ranking de maiores compradores da bebida em 2019. Resta saber se, com a nova realidade, os Estados Unidos continuarão sendo o primeiro no ranking…

Então, vamos fazer nossa parte: pensar positivo e torcer pra que a crise passe logo pra festejarmos todos juntos, né?

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