Prepare o seu coração pras coisas que eu vou contar

PUBLIEDITORIAL

Unimed Juiz de Fora investe na medicina preventiva para incentivar hábitos, como a atividade física. Uma caminhada de 50 minutos, três vezes por semana, reduz em 30% risco do infarto e do derrame


Por Tribuna

24/09/2017 às 06h30- Atualizada 26/09/2017 às 13h23

Quando Geraldo Vandré e Théo de Barros compuseram “Disparada”, canção imortalizada na voz de Jair Rodrigues – vencedora junto com “A Banda”(Chico Buarque) do Festival de Música Popular Brasileira, em 1966 -, as motivações eram outras, mas os primeiros versos, título desta reportagem, são atualíssimos para destacar o que a cardiologia moderna considera como o melhor modo de encarar as doenças do coração: a prevenção. É chegada a hora de ouvir o que os médicos têm ‘pra’ falar e, caso a mensagem ainda não tenha sido suficiente, vale aproveitar o incentivo da próxima sexta-feira, dia 29, quando se comemora o Dia Mundial do Coração, para colocar em prática hábitos mais saudáveis e um novo estilo de vida que farão seu coração bater feliz, bem feliz.

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“Está todo mundo correndo atrás de um remédio milagroso capaz de emagrecer, rejuvenescer, dar mais vigor físico, melhorar os indicadores de saúde e tantas outras, quando o mais simples e mais barato está bem ao alcance de todos”, explica o cardiologista e diretor Administrativo Financeiro da Unimed Juiz de Fora, Darlam Kneipp, ao se referir a uma alimentação mais balanceada, rica em frutas, legumes e verduras, à prática da atividade física – “50 minutos de caminhada três vezes por semana são suficientes” -, e à cessação do tabagismo.

“A vida cada vez mais atribulada das pessoas leva ao consumo excessivo de alimentos processados, industrializados, aos fast foods, com a ingestão de substâncias nem sempre ideais à boa saúde e ao bem-estar, que provocam, por exemplo, a obesidade. Junto com a obesidade, agravada muitas vezes pelo sedentarismo, vêm uma série de outras doenças, como diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Por isso, digo sempre no consultório e nas palestras que faço: Vá mais à feira livre que ao supermercado”.

Na luta contra uma cadeia de agentes e fatores, até mesmo por influências externas, como a reprodução do modelo americano (os EUA enfrentam uma guerra contra a obesidade, inclusive infantil), e da publicidade que massifica comportamentos questionáveis, a Sociedade Brasileira de Cardiologia venceu um importante round. Conseguiu aprovar, com o apoio do Ministério da Saúde, a lei que obriga a indústria de alimentos a reduzir em 10% a quantidade de sal adicionada aos produtos.

 

“Não haveria necessidade de legislação se a própria indústria se dispusesse a incluir na embalagem mensagens de incentivo a hábitos mais saudáveis, bem como alertas sobre o uso excessivo de algumas substâncias”, acrescenta o cardiologista. “Recebemos hoje, em nossos consultórios, um perfil de pacientes que não tínhamos: crianças. Boa parte delas, obesas”, conta Darlam Kneipp em tom de preocupação. E não é por menos. “Por trás de uma criança obesa tem sempre um adulto obeso, quando não a família toda. Até o cachorro da casa costuma ser obeso também. Ou seja, é necessária uma reeducação alimentar que inclua toda a família. Sem contar que as crianças são alvos fáceis da publicidade e estão cada vez mais com poder de decisão em casa”.

Hipertensão, a inimiga silenciosa

Quem está esperando sentir pressão na nuca, dor de cabeça e dormência para considerar-se hipertenso e daí procurar o médico corre sérios riscos, alerta o cardiologista Darlam Kneipp. Silenciosa, a doença que ocupa a primeira posição no ranking das enfermidades cardíacas não manda aviso e só pode, de fato, ser diagnosticada pela medição da pressão arterial. ” É uma prática importante que reduz muito a probabilidade de outros problemas graves, como o Acidente Vascular Cerebral (AVC)”, acrescenta o diretor da Unimed Juiz de Fora.

Em geral atrelada à obesidade, a hipertensão está direta ou indiretamente ligada a pelo menos 50% das mortes decorrentes de doenças cardiovasculares. Segundo informações do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel)- 2017, do Ministério da Saúde, o diagnóstico de hipertensão arterial aumentou 14,2% no Brasil nos últimos 10 anos, principalmente entre mulheres. A pressão alta atinge agora 25,7% da população.

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