Até quando?


Por Bruno Kaehler*

10/06/2016 às 07h00

Seis de fevereiro de 2016. Após investimento limitado para competição secundária na temporada, Júnior Lopes, criticado efusivamente por muitos torcedores e em divergências com a diretoria e cargo colocado à disposição, deixava o comando técnico do Tupi. No dia seguinte, Ricardo Drubscky, um dos heróis da épica Série D de 2011, era confirmado como substituto em Santa Terezinha e rotulado, por muitos, como o salvador da pátria. Não houve descenso com a equipe contratada exclusivamente por outros profissionais, mesmo sob turbulência da saída do VP do Conselho Gestor e dono de relacionamento próximo a lideranças do plantel, após novas alegações de divergências com a cúpula.

Até a saída de Drubscky, na última quarta, 122 dias se passaram e o trabalho, antes fortalecido por sumidade, passou, em grande parte dos assentos do Estádio Municipal, para um ofício de “burro” e mais elogios banalizados. Na segunda divisão, com o menor orçamento entre os 19 adversários e saída de patrocinadores sem a captação de novos, Drubscky, com o novo diretor executivo de futebol, focou na inserção de metodologia de trabalho para um grupo com 13 novos atletas, perdendo, ainda, oito jogadores antes e durante o campeonato por lesão, como Sidimar e Hiroshi, destaques individuais da equipe.

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O resultado consta nas súmulas. Em sete rodadas, sete formações diferentes e apenas uma vitória. Desgaste perceptível e cargo colocado à disposição em duas oportunidades. Estevam Soares contratado. Plano de sócio-torcedor nebuloso, ações de marketing escassas e patrocinadores escondidos na cidade. À parte dos pagantes em JF, a nova campanha fraca caiu na conta, mais uma vez, do comando técnico. O ciclo é viciado. Até quando?

*Renato Salles volta a escrever neste espaço em julho

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